Inspirada em vivências entre o Canto do Junco, o Brejo, Felipe Guerra e a Chapada do Apodi, a primeira obra de Eryx Moraes celebra a força da memória, da fé e da palavra._
Neste domingo, 25 de outubro, o jornalista e escritor potiguar Eryx Moraes, que estreia na literatura com sua primeira obra, anunciou oficialmente o lançamento do livro que, segundo o autor, deve chegar ao público em março de 2026.
A publicação, cujo título ainda é mantido em sigilo, desperta grande expectativa no meio cultural potiguar e nordestino, tanto pelo peso humano quanto pela representatividade de seu autor — uma das vozes mais reconhecidas da comunicação regional.
Entre o Canto do Junco, o Brejo, Felipe Guerra e a Chapada do Apodi, Moraes transforma lembranças em literatura e reconcilia o sertão com sua própria história.
A travessia pessoal e espiritual que conduz o livro ultrapassa a fronteira da autobiografia e se torna reflexão sobre o tempo, a fé e a dignidade.
Entre a memória e o tempo
Segundo o autor, a escrita foi um gesto de reencontro:
“Escrever foi a forma que encontrei de entender o tempo, de agradecer às cicatrizes e de reencontrar o menino que ainda mora em mim”, afirma Moraes.
Em análise preliminar, o *pesquisador, historiador, escritor e poeta Geraldo Francisco das Chagas define a obra como “o espelho de um tempo, de uma geografia e de uma luta que transcende o indivíduo”.
Ele compara a densidade da narrativa à sobriedade de Graciliano Ramos, à ternura de José Lins do Rego e à força testemunhal de Carolina Maria de Jesus, destacando o equilíbrio entre dor e redenção.
O texto alterna a dureza da infância sertaneja com a maturidade de quem se fez pela fé e pela palavra. O rádio, a política, o exílio e a espiritualidade se entrelaçam em capítulos que revelam o sertão como território de resistência e transcendência.
Um marco para a literatura potiguar
Ao narrar suas vivências entre o Canto do Junco e o coração da Chapada do Apodi, Eryx Moraes reafirma o valor simbólico de Felipe Guerra e da região Oeste como fontes legítimas de arte, memória e identidade.
Sua escrita devolve ao sertão o que ele tem de mais universal: a humanidade.
A estreia literária de *Eryx Moraes* não apenas introduz uma nova voz à literatura potiguar — *revela uma consciência que escreve para lembrar, e não para ser lembrada.*
Em um tempo em que o sertão ainda pede voz, a palavra de Moraes chega como resposta.

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