sábado, 3 de outubro de 2015

Felipe Guerra: A origem do Sítio Passagem Funda


O sitio Passagem Funda, teve no paraibano Domingos Alves Ferreira Cavalcante, o seu primeiro povoador, tendo ele chegado por volta do ano de 1780, através de convite que lhe foi feito pelo seu primo Capitão Leandro Bezerra Cavalcante, pernambucano do cabo fundador de Caraúbas/RN, Leandro era casado com Britis Lins de Vasconcelos, falecida no dia 18 de dezembro de 1791, este Domingos Alves Ferreira Cavalcante, era tão importante para se der uma idéia, ele tinha dois irmãos que participaram ativamente da Revolução de 1817 do Rio Grande do Norte, os senhores capitão Antonio Alves Ferreira Cavalcante, capitão do regime de cavalaria da Vila de Portalegre, e Manuel Januário Bezerra do Cavalcante que foi preso e depois anistiado em 1821, estes dois revolucionários tinham contato direto com os também revolucionário da Vila de Apodi, poucos sabem mas todos aqueles que trazem o sobrenome familiar Cavalcante em Felipe Guerra, Apodi e Região descende do patriarca Domingos Alves Ferreira Cavalcante que faleceu no Sitio Passagem Funda no dia 20 de outubro de 1830, segundos os pesquisadores é que a enorme casa daquele sitio foi edificada, no ano de 1800, com recurso próprio de Domingos, ele tinha também um outro irmão, que era Capitão e tinha muita atuação na cidade de Açu, era José Joaquin Bezerra Cavalcante nascido na Paraíba no ano de 1777 e faleceu em Açu em 1859. (Fontes: Borges da Fonseca e Marcos Pinto)

O sitio Passagem Funda foi o primeiro núcleo estradeiro do município de Apodi, surgiu como local de repouso e abrigo para os comboieiros que descia a região do alto oeste com destino a Mossoró, para aonde levava algodão e voltava carregado com sal e outro gêneros mercantis até o ano de 1949, ligava as ares povoada do interior ao efervescente comercio de Mossoró, o trajeto dessa estrada começando do apodi seguindo pela várzea até o sitio Passagem Funda, e depois Mossoró atravessava-se o rio em vinte lugares distintos. O Sitio Passagem Funda é um ameno recanto protegido por Íngremes, capas da serra que proporcionava a improvisação de estabelecimento coraleiro para o descanso das caravanas comercias os conhecido comboios que viajavam rumo a Mossoró, formando ali trafego intenso de mercadoria, varias ao fluxo comercial, acresceu-se a chegada de povoadores. Nas abordagens históricas empreendidas em antigos inventários encontra-se o inventario dói patriarca da família Cavalcante, Domingos Alves Ferreira Cavalcante, que era casado com Maria Joana, e a mesma faleceu no Sitio Passagem Funda no dia 6 de junho de 1862, deixando os seguintes filhos: Maria Clara Alves Bezerra Cavalcante, Francisco Alexandrina Ferreira Cavalcante e Domingos Ferreira Cavalcante Junior, Manoela, João Regis Cavalcante, José Alves Cavalcante, Maria , Antonia e Antonio, Tristão e Maria Ângela. A matriarca Agostinha Donato de Souza faleceu no sitio Passagem Funda em dezembro de 1889 aos 33 anos de idade, e era filha de Bonifácio José Ferreira Cavalcante, Idonata Marques de cena, e era casada com o senhor Leonardo Bezerra Cavalcante e foram pais de José que nasceu em 1882, Antonio que nasceu em 1886, e Antonio que nasceu em 1885, Izolina Rita Cavalcante que é a mesma Izolina Bezerra Cavalcante, Casou com o senhor José Raimundo de Souza, que foi o pai do senhor Julio Cavalcante ex-vereador e auditor Fiscal, que era casado Alicia Elzida de Góis. (Fonte: Marcos Pinto)

A FUNDAÇÃO DA IGREJA


Depois da morte de Domingos Alves Cavalcante em 1830, houve a partilha de bens pelos seus familiares, e Paulo Alves Januário adquiriu essas ditas terras, mas por volta de 1844 Pedro José Barra, cassou-se com Maria eduwirgem e compraram a propriedade de Paulo Alves Januário o Sitio Passagem Funda, e lá estalaram sua residência e sua atividade agrícola, e nasceram deste casal, Maria eduwirgem Filha e Maria da conceição Barra, Josefa da Conceição Barra, Pedro José de Souza, Geraldo de Souza Barra, Sebastiana Eduwirgem de Souza e Antonia Mafalda do Patrocínio, em 1881 faleceu Pedro José Barra, Casou três anos depois a sua viúva com o irmão do seu falecido marido André de Souza Barra, e deste matrimonio nasceram dois filhos, Paulo Carlos Barra e Maria da Conceição Barra. No ano de 1901 Maria de Souza Barra doava a São Pedro padroeiro do lugar dois terrenos no Sitio Passagem Funda, onde foi de pronto edificado a capela e outro terreno de carnaubal no Sitio São Gonzalo, como fonte de renda da igreja de São Pedro no Sitio Passagem Funda, passado alguns anos em 1913 foram trocado as imagens de São Pedro e São Paula e Nossa Senhora de Lurdes, essas imagens foram transportada nas cabeças dos fieis de Mossoró até o local da capela em festejos em todo o percurso pelos habitantes a margem da estrada.

Inventário de DOMINGOS ALVES FERREIRA CAVALCANTE - 1830.

Casado com Maria Joana do Espírito Santo. Pais de:

1. Maria Clara c.c. Vicente Ferreira Pinto Júnior

2. Francisca Bezerra c.c. José Joaquim Bezerra Cava

lcanti Júnior

3. Domingos, 19 anos

4. Manuela, 17 anos

5. Antonio, 16 anos

6. João, 14 anos

7. José, 13 anos

8. Mariana, 10 anos

9. Antonia, 8 anos

10. Tristão, 5 anos

11. Maria, 3 anos

Obs.: o inventário foi feito na Vila da Princesa, mas encontra-se em Apodi.
Fonte: Marcos Antonio Figueira

Por Geraldo Fernandes 

Repercussão da Confederação do Equador no Rio Grande do Norte

Por Carlos Noronha

Confederação do Equador - foto-reprodução

Manuel Teixeira Barbosa assumiu o governo no Rio Grande do Norte em um momento difícil. Os 
rebeldes da Insurreição de 1817 eram ainda admirados. Eles, entretanto, estavam divididos. Alguns apoiavam o imperador e outros eram favoráveis à Confederação.
Teixeira Barbosa, inseguro, passou a dar expediente no Quartel da Tropa de Linha esperando ansioso por seu substituto Tomás de Araújo. 
Tomás de Araújo foi nomeado presidente da província em 25 de novembro de 1823 e assumiu o governo em 5 de maio de 1824.

As facções em luta na Paraíba e em Pernambuco procuravam o apoio do Rio Grande do Norte. Pais de Andrade enviou, inclusive, correspondência para o governante norte-riograndense. 
Tomás de Araújo agiu com cautela, preocupado em evitar uma guerra civil em sua província, enviando, inclusive, uma delegação para Recife. 

A delegação potiguar, depois de visitar a Paraíba, seguiu para Pernambuco. Em Recife assinou, com o governo de Pernambuco, uma concordata (6), em 3 de agosto de 1824, pela qual as duas províncias se uniram "numa liga fraternal ofensiva e defensiva", devendo entrar em vigor quando fosse assinada pelos governantes das duas províncias. Tomás de Araújo, tudo indica, não assinou o referido documento. 

Com a instalação do conflito, tropas favoráveis à Confederação do Equador vindas do sul da província se encaminhavam para Natal com o objetivo de levantar a bandeira republicana na capital norte-riograndense.
Diante de um possível confronto, Vicente Ferreira Nobre e Joaquim José da Costa são designados para defender a cidade do Natal.

Tomás de Araújo, para evitar o derramamento de sangue pediu demissão, entregando o governo ao presidente da Câmara, Lourenço José de Moraes Navarro, que dirigiu os destinos da província até 20 de janeiro de 1825. Navarro, por sua vez, passou o governo ao seu substituto legal, Manuel Teixeira Barbosa.