sábado, 3 de outubro de 2015

Repercussão da Confederação do Equador no Rio Grande do Norte

Por Carlos Noronha

Confederação do Equador - foto-reprodução

Manuel Teixeira Barbosa assumiu o governo no Rio Grande do Norte em um momento difícil. Os 
rebeldes da Insurreição de 1817 eram ainda admirados. Eles, entretanto, estavam divididos. Alguns apoiavam o imperador e outros eram favoráveis à Confederação.
Teixeira Barbosa, inseguro, passou a dar expediente no Quartel da Tropa de Linha esperando ansioso por seu substituto Tomás de Araújo. 
Tomás de Araújo foi nomeado presidente da província em 25 de novembro de 1823 e assumiu o governo em 5 de maio de 1824.

As facções em luta na Paraíba e em Pernambuco procuravam o apoio do Rio Grande do Norte. Pais de Andrade enviou, inclusive, correspondência para o governante norte-riograndense. 
Tomás de Araújo agiu com cautela, preocupado em evitar uma guerra civil em sua província, enviando, inclusive, uma delegação para Recife. 

A delegação potiguar, depois de visitar a Paraíba, seguiu para Pernambuco. Em Recife assinou, com o governo de Pernambuco, uma concordata (6), em 3 de agosto de 1824, pela qual as duas províncias se uniram "numa liga fraternal ofensiva e defensiva", devendo entrar em vigor quando fosse assinada pelos governantes das duas províncias. Tomás de Araújo, tudo indica, não assinou o referido documento. 

Com a instalação do conflito, tropas favoráveis à Confederação do Equador vindas do sul da província se encaminhavam para Natal com o objetivo de levantar a bandeira republicana na capital norte-riograndense.
Diante de um possível confronto, Vicente Ferreira Nobre e Joaquim José da Costa são designados para defender a cidade do Natal.

Tomás de Araújo, para evitar o derramamento de sangue pediu demissão, entregando o governo ao presidente da Câmara, Lourenço José de Moraes Navarro, que dirigiu os destinos da província até 20 de janeiro de 1825. Navarro, por sua vez, passou o governo ao seu substituto legal, Manuel Teixeira Barbosa.

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