domingo, 30 de junho de 2019

Celso Marinho, ex-prefeito interino de Apodi/RN


CELSO MARINHO DE OLIVEIRA nasceu no município de Apodi/RN no dia 25 de outubro de 1936, filho do agricultor e comerciante Júlio Marinho de Oliveira e da doméstica Abília Marinho de Oliveira.

Seu saudoso pai foi um dos grandes comerciantes de sua época e uma das maiores lideranças  políticas em Apodi, alavancando o nome da Família Marinho no município,  tendo exercido o mandato de vereador e o cargo de vice-prefeito por 2(duas) vezes.

Desde cedo Celso Marinho começou a trabalhar com seu pai transportando cera de carnaúba para o Estado do Ceará.

Em 1956, casou-se Dona Maria Diógenes de Oliveira(Valdira), filha do casal Valdemiro Custódio da Silva e  D. Cecília Joaquina Diógenes. Desse matrimônio nasceram os seguintes filhos: Francisco Elizer Marinho, Maria Enay Marinho, Eloise Marinho de Oliveira, Antônia Edna Marinho, Francisco Erivan Marinho, Edneide Marinho, Celso Marinho Júnior e Carlos Kleber Marinho(in memoriam).

Seguindo a trajetória política de seu pai, Celso Marinho disputou o cargo de vereador em Apodi, no pleito de 03 de outubro de 1958, sendo eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro(PTB), com 137 votos, conquistando o oitavo lugar das 10 vagas reservadas ao legislativo da época.

Reelegeu-se nas eleições municipais de 07 de outubro de 1962, novamente pelo PTB, logrando 151 votos, obtendo o 9º(nono) lugar.

Celso Marinho de Oliveira foi 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Apodi e tomou posse no cargo de prefeito interino do município de Apodi no dia 28 de janeiro de 1963, em virtude da cassação do prefeito constitucional João Pinto. Porém, em fevereiro do mesmo ano, Celso Marinho abdicou do cargo, sendo empossado em seu lugar o vereador Valdemiro Pedro Viana. No dia 18 de fevereiro de 1963, tomou posse para o segundo mandato de vereador e exerceu o cargo até 31 de janeiro de 1967. Durante esse período, assumiu a função de 2º (segundo) secretário da Mesa-Diretora da Câmara Municipal de Apodi, de abril de 1966 a 1967. 

Voltou a disputar uma vaga no poder legislativo apodiense no pleito de 15 de novembro de 1970, desta vez pelo partido da Aliança Renovadora Nacional(ARENA), sendo eleito em sétimo lugar, com 301 votos. Tomou posse em 01º de fevereiro de 1971, e ocupou novamente o cargo de 1º vice-presidente da Mesa-Diretora da Câmara e exerceu a vereança até 31 de janeiro de 1973.

Vale salientar, que naquela época  os vereadores não recebiam salário, diante disso Celso Marinho exerceu seu mandato voluntariamente, por amor a política e ao seu povo.

No pleito de 15 de novembro de 1972,  saiu candidato a vice-prefeito, pela sublegenda da  ARENA 2 , na chapa encabeçada pelo comerciante Francisco Paulo Freire(Chico Paulo), com o slogan "É o Óleo". A chapa Chico Paulo/Celso Marinho obteve 2.466 votos, entretanto não lograram sucesso, perdendo a disputa para a chapa da ARENA 1 formada por  Izauro Camilo(prefeito) e Bevenuto Paiva(vice).

Após isso encerrou sua participação na vida pública da cidade e passou apenas a dedica-se à família e as suas atividades do comércio que já exercia há vários anos. Celso Marinho foi comerciante no ramo de alimentação  e foi dono do antigo "Bar Satélite", um dos principais pontos de lazer da época, que ficava localizado no Centro de Apodi, próximo a Igreja Matriz. Além disso, foi um dos pioneiros a bancar o jogo do bicho. Faleceu em sua terra natal no dia 31 de agosto de 1995.

É patrono da Rua  "Vereador Celso Marinho", sediada no Bairro Baixa do Caic na cidade de Apodi.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

Wálter Veras, ex-vice-prefeito de Janduís/RN


WÁLTER MARTINS VERAS nasceu no dia 26 de maio de 1943, no Sítio Legre, no município de Brejo do Cruz/PB, sendo o primeiro filho de Luciano Veras Sobrinho e Maria do Carmo Martins.

Seu pai foi casado por duas vezes, tendo lhe deixado os seguintes irmãos: Delcina de Oliveira Veras(in memoriam), Bruno Martins Veras(ex-vereador de Janduís), Jacinta Martins Veras, Joaquina Martins Veras, Francisca Martins Veras, Delça Maria Veras, Maria de Fátima Veras(in memoriam), Ana Maria Veras(Nana, in memoriam), Carlos Alberto Veras, Rita da Silva Veras, Edilson da Silva  Veras, Zuleide Martins Veras, Leonidas da Silva Veras, Antônia da Silva Veras e Aguinaldo Martins Veras.

Desde cedo começou a trabalhar como agricultor e tomava conta da Fazenda "Trinxeiras", de propriedade  de seu pai.

Em 1960, casou-se com a caicoense  Irene Meira de Medeiros, com quem teve 6(seis) filhos: Waltirene Meira Veras, Ana Cristina Meira Veras, Walquiria Meira Veras, Luciano Veras Neto, Gilson Carlos Meira Veras e Rossiny Meira Veras. 

Na década de 70, fixou residência em Janduís/RN e passou a participar ativamente dos acontecimentos políticos do município, tornando-se a maior liderança da família Veras, depois do ex-prefeito Miguel Veras Saldanha(in memoriam).

Antes disso, comprou uma fazenda localizada no Sítio Outeiro, no então município de Junco(atual Messias Targino), onde trabalhou por vários anos como agricultor e fazendeiro. 

Em 1976, disputou o cargo de vice-prefeito em Janduís, pelo antigo MDB - Movimento Democrático Brasileiro, na chapa encabeçada por Júnior Targino, perdendo a campanha para a chapa da ARENA, formada por Lourival Canuto(prefeito) e Plínio Segundo(vice).

No pleito de 15 de novembro de 1982, saiu novamente candidato a vice-prefeito de Janduís, elegendo-se pelo então PMDB, na chapa encabeçada pelo Dr. Salomão Gurgel, sendo empossado no cargo em 31 de janeiro de 1983 e encerrando o mandato no dia 31 de dezembro de 1988. No ano de 1985,  assumiu o comando do poder executivo janduiense por 06(seis meses), e apesar do pouco tempo de administração, colaborou com ações importantes para o município: Assinou diversas carteiras de trabalho  e concedeu significativo aumento no salário mínimo dos funcionários. 

Em 1988, saiu candidato a vereador pelo Partido Liberal(PL), obtendo 120 votos, ficando com a primeira suplência. No ano de 1992, assumiu  por seis meses uma vaga na Câmara Municipal de Janduís, levando o seu conhecimento e experiência política, contribuindo com os trabalhos da referida casa legislativa.

Diante do prestígio político, Wálter Veras foi presidente do PMDB e também do PL de Janduís por diversas vezes. Era primo do ex-deputado estadual do RN, Willy Saldanha.

Através de sua liderança, conseguiu eleger diversos membros de sua família para ocuparem cadeiras na Câmara de Janduis: Seu irmão  Bruno Veras foi eleito em 1988, atuando na legislatura 1989-1992; em 1996, foram eleitos vereadores o seu filho Gilson Veras, sua nora Lêda Veras e seu genro Gaspar Brilhante. Em 2000, Gaspar e Lêda garantiram suas reeleições. Já no pleito de 2004, Wálter elegeu outro filho para vereador em Janduís:  Rossiny Veras.

Wálter Martins Veras, líder político da família 'Veras", faleceu em Janduis  no dia 04 de fevereiro de 2012, deixando uma lacuna na sociedade janduiense, de homem público e honrado.

Em 2016,  seu neto Wálter Martins Veras Neto(Waltinho),  se elegeu vereador de Janduis, dando continuidade ao legado político do avô e da família Veras.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Janduís - Portal Fatos do RN

João de Raimundo, ex-vice-prefeito de Itaú/RN


JOÃO BATISTA FERNANDES vulgo João de Raimundo, nasceu no dia 24 de junho de 1925, dia de São João Batista, na então vila de Itaú, na época  município de Apodi, filho do casal Raimundo Fernandes da Silva e Herculana Praxedes de Oliveira. 

Desde cedo começou a trabalhar na agricultura, ajudando seu pai Raimundo, além disso também atuou no comércio da região.

Em janeiro de 1951, casou-se com a professora Isabel Régis de Melo, conhecida por Biluca, filha do casal João Batista de Melo e Maria Régis de Melo, do antigo povoado de Bom Lugar, atual cidade de Severiano Melo. Do casamento entre João e Biluca, nasceram os seguintes filhos: Francisco Leonildes Fernandes Melo(in memoriam), Francisca Leonida Fernandes Melo, Maria Ida Fernandes Melo Holanda, Herculana Praxedes de Oliveira Neta, Maria da Conceição Fernandes Melo Andrade, Maria Solange Fernandes Melo Holanda, Maria Vilane Fernandes Melo(in memoriam) e Francisco Leodecio Melo Fernandes.

No ano de 1958 disputou uma cadeira na Câmara Municipal de Itaú, pelo antigo PSD - Partido Social Democrático, conseguindo se eleger com 109 votos, sendo inclusive o segundo vereador mais bem votado entre os demais eleitos da época.

Reelegeu-se no pleito de 07 de outubro de 1962,  pelo partido da UDN - União Democrática Nacional, obtendo 155 votos, ocupando novamente a segunda maior votação.Tomou posse em 31 de janeiro de 1963 e exerceu seu mandato até o ano de 1964. 

Em seguida, foi eleito vice-prefeito de Itaú, pela UDN, no  pleito municipal de 24 de janeiro de 1965, obtendo 629 votos. João fazia parte da chapa encabeçada pelo então vereador Clidenor Régis de Melo, candidato a prefeito, também pela UDN, que conseguiu se eleger  com 641 votos. Naquele tempo, o prefeito e o vice eram eleitos separadamente.

Ao tomar posse em 31 de janeiro de 1965, João Batista Fernandes passou automaticamente a acumular o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Itaú/RN, conforme determinava a Constituição da época. Com a instituição do bipartidarismo no Brasil, passou a fazer parte dos quadros da Aliança Renovadora Nacional(ARENA) e  permaneceu nos respectivos cargos  de vice-prefeito e presidente da Câmara até 31 de janeiro de 1970.  

Em 1972, foi novamente escolhido para ser o vice da chapa do ex-prefeito Clidenor Melo, que elegeu-se prefeito de Itaú pela segunda vez, com uma votação de 668 votos. João Batista Fernandes assumiu o cargo de vice-prefeito de 31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977. No final da década de 70, filiou-se ao PDS - Partido Democrático Social(ex-ARENA).

João Batista Fernandes trabalhou no comércio e na agricultura até os 59 anos de idade, quando  adoeceu e foi acometido por um AVC. Sua  esposa veio a falecer no dia 20 de outubro de 1998.

Atualmente João de Raimundo mora em Natal, capital do Estado. 

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Itaú - Portal Fatos do RN

sábado, 29 de junho de 2019

Poucas e boas do mundo jurídico

*Por Marcos Pinto 


As formalidades forenses atinentes nos feitos processuais não impedem que se desenrolem cenas jocosas, manifestadas de forma involuntária, porém, respaldadas pela evidência de sinceridade em seus protagonistas, quer seja do autor da ação, quer seja do contestante.

Os “causos” que passarei a descrevê-los tem inteiro e inexpugnável cunho de veracidade. Vivi-os alguns, outros foram-me narrados pelos personagens que viveram esses momentos hilariantes. Certa vez fui patrono de um caboclo que cometera lesão corporal de natureza grave, em uma contenda ocorrida na zona rural. Naquela ocasião empunhara uma “roçadeira”(espécie de foice com curva acentuada) e incontinenti direcionara-a ao pescoço do outro contendor que, num lance rápido de instinto de sobrevivência erguera o braço para evitar que fosse degolado, tendo recebido o golpe no braço que, decepado, caíra ao solo, o que ocasionou a fuga do autor para se livrar do flagrante. 

Designada a data para que o réu fosse interrogado em Juízo, acompanhei- como advogado. Em lá chegando, encontramos o magistrado absorto na leitura do processo. O meu constituinte, malgrado o ato cometido, era detentor de uma sinceridade sem procedentes, posto que fora criado dentro dos padrões inflexíveis do homem do campo, de mãos calejadas e alma, rija. Aberta audiência, sequenciada pela formulação de perguntas de praxe, eis que o meritíssimo Juiz indaga ao réu: “É verdade que você cometeu o ato criminoso, ou seja, que você usando de uma roçadeira, investiu contra a vítima, decepando-lhe parte do braço? Impassível, respondeu-lhe o réu: 

- É verdade dotô, mais eu num tive curpa não! pois eu botei a roçadeira foi pru pescoço, aí ele botou o braço no meio, entonce ocorreu o que ocorreu! – conclui enfaticamente o réu. A sinceridade do tabaréu foi tão grande que o douto Juiz esboçou ligeiro sorriso, no que acompnhei-o sob a mesma intensidade facial. 

Outro “causo” que tem a simetria perfeita do êxtase da comicidade configurou-se no interrogatório de uma testemunha ocular de lesão corporal. Prestando o compromisso, perguntou-lhe a autoridade policial: 

- A testemunha viu, realmente quando o agressor aqui presente deu a “paulada” na cabeça da vítima? 

- Vi e não vi, e ao mesmo tempo vi, respondeu-lhe a testemunha. A resposta deixou o delegado perplexo ante a complexidade das alegações. A seguiu pediu a testemunha que explicasse o por quê de que “viu e não viu, e ao mesmo tempo viu” o fato descrito na queixa-crime, tendo a mesma respondido: 

- É o seguinte doto Delegado: Eu ia passando em frente à casa desse casal que discutia aos berros, então eu vi ele alevantar o pedaço de pau em direção à cabeça da mulher, nesse momento eu fechei os “óio” prá num ver a desgraça, e quando abri, a mulher já tava caída no chão, ensanguentada. 

Em uma sessão do Tribunal do Júri Popular em Mossoró, tivemos ruidosa manifestação de risos ante uma testemunha nervosa. Travava-se de crime de homicídio em que o acusado envolvera-se em tiroteio com outros 02 contendores, culminando em morte. O MM. Dr. Juiz pergunta à testemunha: 

- Na ocasião, quantas pessoas estavam atirando?

- Três, respondeu-lhe. 

- E os tiros? eram seguidos, assim – perguntou o Juiz imitando o som de tiros de sequência rápida, com ose fora de metralhadora, ao que a testemunha respondeu: 

- Não doto, não era metralhadora não! era revólver mesmo! 

A insistência desabou na gargalhada, sendo contida pelo toque insistente da campainha, acionada por um Juiz também risonho. 

O Tribunal do Júri popular tem sido palco de grandes exibições de esgrima verbal, tanto da Promotoria quanto do Advogado de defesa. Em Pau dos Ferros houve uma sessão do Júri que chamou a atenção de toda cidade, vez que seria julgada uma pessoa de família tradicional daquela urbe. Por ocasião da atuação do Promotor, fez este uma retumbante acusação, culminando-a de forma cinematográfica, escandindo as palavras. Nesse ínterim, o advogado de defesa pede-lhe um aparte, sendo-lhe concedido. Ante a plateia atenta, pergunta-lhe o defensor: 

- Eu pergunto ao Dr. Promotor: Se o crime tivesse sido de conjunção carnal, V. Exa. pegaria a arma do crime e faria a exposição da mesma aos Srs. Jurados com o mesmo afã, o mesmo exibicionismo, como fez agora há pouco? 

O Dr. Promotor fez “ouvidos de mercador” e continuou sua oratória sob tamanha manifestação risonha do público presente. 

06.02.1995

Por Marcos Pinto – historiador e advogado.

sábado, 22 de junho de 2019

Lei Nº 10.532/2019: Reconhece o Município de Monte Alegre como a Capital Estadual das quadrilhas juninas


RIO GRANDE DO NORTE 

LEI Nº 10.532, DE 21 DE JUNHO DE 2019.

Reconhece o Município de Monte Alegre como a Capital Estadual das quadrilhas juninas e dá outras providências. 

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: 

FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º Fica reconhecido o município de Monte Alegre como a Capital Estadual das quadrilhas juninas do Estado do Rio Grande do Norte. 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. 

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 21 de junho de 2019, 198º da Independência e 131º da República.

FÁTIMA BEZERRA
 Governadora 

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Lei Nº 10.531/2019: Denomina “Emmanuel Bezerra dos Santos” a Casa do Estudante do Rio Grande do Norte, localizada no Município de Natal/RN


RIO GRANDE DO NORTE 

LEI Nº 10.531, DE 18 DE JUNHO DE 2019.

Denomina “Emmanuel Bezerra dos Santos” a Casa do Estudante do Rio Grande do Norte, localizada no Município de Natal/RN. 

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: 

FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º Fica denominada “Emmanuel Bezerra dos Santos” a Casa do Estudante do Rio Grande do Norte, localizada no município de Natal/RN. 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 18 de junho de 2019, 198º da Independência e 131º da República. 

FÁTIMA BEZERRA
Governadora

domingo, 2 de junho de 2019

História do município de Janduís/RN


Durante o período colonial existia, na região hoje ocupada pelo Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, uma confederação de tribos Cariris, hostil à Coroa portuguesa. Dentre estas uma das mais aguerridas era a dos Janduís, cuja denominação deriva de Nhandu-í-a ema pequena, o corredor, o veloz. As balas e as botas dos colonizadores quebraram essa resistência, assim como a escravidão e as doenças dissolveram as tribos. Restaram a lenda e o nome.

A área territorial onde hoje se localiza o município de Janduís era em 1878 uma propriedade agrícola conhecida por "São Bento Velho", pertencente ao senhor Vicente Gurgel do Amaral destacava-se dentre as outras da localidade, na qual ele criou sua família composta por 11(onze) filhos dentre os quais se destacaram Canuto Gurgel do Amaral e Daniel Gurgel do Amaral. A principal atividade econômica da localidade era o cultivo do algodão.

Com a morte do proprietário das terras, a administração passou para Canuto Gurgel do Amaral(1891-1951), considerado o fundador de Janduís.

Canuto Gurgel, em pagamento a uma promessa feita a São Bento, construiu a primeira igreja do município em 1912. O fazendeiro  foi o animador local, construiu as primeiras residências, os prédios comerciais e instalou a 1ª (primeira) feira em 1926, ganhando, rapidamente, popularidade na região e promovendo o desenvolvimento do povoado. Durante as feiras era muito comum a ocorrência de tumultos, confusões e troca de bofetes. Daí o nome de "São Bento do Bofete", denominação pela qual a região ficou conhecida por muitos anos. 

Em 1938, em homenagem ao ditador Getúlio Vargas, São Bento Velho recebeu o nome de "Distrito Getúlio Vargas". Apenas em 1943, passou a ser chamado de Janduís, em homenagem aos índios da região. 

Janduís desmembrou-se do município de Caraúbas através da lei estadual º 2.746, de 7 de maio de 1962, tendo sido instalado em 12 de junho de 1962. Nesse mesmo ano Lourival Canuto de Araújo, tomou posse como o primeiro prefeito de Janduis, tendo sido nomeado pelo Governador Aluizio Alves. 

Em 01º de dezembro de 1963, realizaram-se as primeiras eleições para escolha dos cargos de prefeito, vice e vereadores de Janduís/RN. Naquele pleito, o senhor Miguel Veras Saldanha, vulgo "Seu Migas",  foi eleito e tornou-se o primeiro prefeito constitucional da cidade, empossado em 01º de fevereiro de 1964.

Com um crescente número de devotos em todas as regiões de Janduís, Santa Teresinha tornou-se a padroeira oficial do município, tendo, atualmente, uma das maiores e mais tradicionais festas religiosas do Rio Grande do Norte, contudo, São Bento continua com vários devotos na cidade, estando ao lado de Santa Teresinha na procissão de outubro. Em 2007, começou a ser erguida, no conjunto Verde Teto, uma igreja em homenagem a São Bento. 

Essa igreja teve sua primeira festa em Julho de 2008, com santa Teresinha estando ao lado do co-padroeiro de Janduís durante toda festa, representando a união dos santos padroeiros do município abençoando os milhares de devotos de Santa Teresinha e São Bento em Janduís.

FONTE:
*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Janduís - Portal Fatos do RN

Guido Gurgel, ex-prefeito de Caraúbas/RN



GUIDO GURGEL PIMENTA nasceu no dia 10 de fevereiro de 1943, no município de Caraúbas/RN, filho do casal Leovegildo Fernandes Pimenta e Dona Sebastiana Gurgel Fernandes, e era  irmão de Vianney Gurgel Fernandes e Leônia Gurgel Fernandes(in memoriam)

Era neto paterno de Reinaldo Fernandes Pimenta e Abigail Fernandes Pimenta e neto materno do casal Firmino Gurgel do Amaral e Maria Gurgel Fernandes. 

Fez o curso primário no Grupo Escolar Antônio Carlos,  em Caraúbas e fez o curso Ginasial no Colégio Estadual de Mossoró. Homem de muita cultura, apesar de só ter o primeiro grau, dedicou-se ao hábito da leitura e em termos de conhecimentos gerais, poucos acadêmicos ou doutores o superava.

No dia dia 10 de fevereiro de 1965 casou-se com a professora Maria Elça Fernandes Gurgel, com quem teve (4) quatro filhos: Leovegildo Fernandes Neto, Claudia Virgínia Fernandes Gurgel, Assis Reinaldo Fernandes Gurgel(in memoriam) e Elça Virgínia Fernandes Gurgel.

Filho da tradicional família política Gurgel/Fernandes, Guido era neto de Reinaldo Pimenta, ex-deputado estadual do Rio Grande do Norte e foi o primeiro constitucional de Caraúbas, governando 1929 a 1930. Além disso, Guido era filho do também ex-prefeito Leovegildo Pimenta, que administrou os destinos políticos-administrativos  do município, durante a gestão 1948-1953. 

Seu primeiro contrato foi na empresa S.A. Mercantil Tertuliano Fernandes, exercendo a função de auxiliar administrativo no período de 27/03/1962 à 16/02/1967, onde demonstrou grande capacidade administrativa para os negócios da firma.

Guido Gurgel entrou na vida pública no ano de 1968, saindo candidato a prefeito de Caraúbas pela legenda da ARENA - Aliança Renovadora Nacional, tendo como companheiro de chapa, o comerciante Raimundo Pedro Benevides. A chapa Guido/Raimundo saiu vitoriosa  no pleito eleitoral de 15 de novembro daquele ano com uma votação  de 1.935 votos, derrotando a chapa do MDB(Movimento Democrático Brasileiro), formada Edvaldo Gurgel de Melo e Benedito João Pessoa, respectivamente candidatos a prefeito e vice. 

Guido tomou posse em 31 de janeiro de 1969 e encerrou seu mandato no dia 31 de janeiro de 1973, fez uma administração exemplar, dotando o município de grandes melhoramentos, principalmente na área da educação. Era considerado pela população do município e da região como um sério e competente administrador público.

Guido administrou Caraúbas em uma  época em que os prefeitos viajavam  uma vez a Natal para trazer em espécie, os recursos do Fundo de Prestação dos Municípios (FPM). 

Foi Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Caraúbas, durante  a segunda gestão do  ex-prefeito José Nicodemos Fernandes(1973-1977).

No ano de 1976, Guido voltou a disputar a Prefeitura de Caraúbas,  pela legenda da ARENA, tendo como companheiro de chapa o ex-vereador Silvério Marinho da Mota. Ambos lograram 2.516 votos, mas infelizmente não conseguiram se eleger. 

Guido trabalhou como Chefe do escritório local da Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte (COSERN), permanecendo neste cargo até 01/10/1987, quando forçado por problemas cardíacos, teve sua aposentadoria antecipada.

Além disso, Guido Gurgel foi o primeiro venerável da Loja Maçônica “Dr. Antônio Gentil Fernandes” na cidade de Caraúbas.

Após a aposentadoria, dedicou os dez últimos anos de vida a suas duas grandes paixões: à família e ao sítio Favone, onde ele sempre dizia que encontrava paz e tranquilidade.

Homem recatado, porém, de muitos amigos, mesmo afastado da política e da vida pública, sua honestidade e credibilidade era reconhecida pela população caraubense. Sempre teve em seu apoio político uma força para os candidatos por ele apoiados, e sempre preocupou-se em ser coerente aos seus princípios de honradez e honestidade.

O poder público não o corrompeu, pois foi um homem que entrou para a história de Caraúbas, como exemplo de humildade, serenidade e honestidade. Um homem que devolvia aos cofres públicos o dinheiro que sobrava das obras, e essa qualidade era marca registrada que fez dele o homem humilde e honesto com o dinheiro público.

Guido Gurgel faleceu  no dia 30 de maio de 1997, aos 54 anos de idade, e no Sítio Favone, em Caraúbas/RN, o seu refúgio para a paz, o seu coração parou de bater deixando para a família a dor da saudade, porém a certeza do dever cumprido.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Caraúbas - Portal Fatos do RN