quarta-feira, 23 de junho de 2021

Confira o filme "Chuva de Bala no País de Mossoró"


Nas últimas décadas, o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró foi encenado em um cenário de teatro montado ao ar livre no adro da Igreja de São Vicente. Em 2020, o espetáculo não foi realizado devido à pandemia da Covid-19, mas, neste ano, a Prefeitura de Mossoró retomou o Chuva de Bala em formato de cinema. Pela primeira vez a história de resistência de Mossoró será contada em um filme.

Contar na pandemia a batalha dos mossoroenses contra o Bando de Lampião, ocorrida em 1927, sem perder essência do grandioso espetáculo teatral foi um dos desafios. O Chuva de Bala no País de Mossoró precisou se reinventar, unindo elementos da música, dança e do próprio teatro para contar resistência de Mossoró a invasão de Lampião e seus cangaceiros na narrativa cinematográfica. O filme foi gravado durante a pandemia e cumprindo com todas as medidas de distanciamento social para preservar a saúde dos artistas e profissionais envolvidos no projeto.

“O filme traz e nos conta, fazendo uma intercalação entre teatro e cinema, a história da resistência de Mossoró ao Bando de Lampião. A gente continua fazendo um trabalho que resgata história do município de Mossoró, quanto a questão da resistência, fazendo com que a gente reviva essa possibilidade do teatro presencial a partir das telas de transmissões com a ideia do cinema. Para história da gestão municipal de Mossoró muito significativo porque é a primeira vez que está sendo trabalhado como filme e temos a expectativa que o filme ficará para história com certeza. Com possibilidade de concorrer a festivais e eventos, evidenciando Mossoró como uma cidade mais uma vez que está à frente do seu tempo. Nesse contexto de pandemia, a gente se reinventa no processo realização do Chuva de Bala como um filme”, destacou o secretário municipal de Cultura Etevaldo Almeida.

Segundo o diretor Marcos Leonardo, o maior desafio foi transformar o espetáculo teatral em filme, mas mantendo a identidade do teatro no Chuva de Bala. “Nosso maior desafio foi a gente tentar desapegar do teatro e começar a pensar cinema. Mesmo assim a gente quis deixar impresso a coisa que a gente mais ama que o teatro. Você não vai um filme literalmente, você vai ver um espetáculo de teatro gravado em um filme. Acho que a gente fez lindamente, acho que a sociedade mossoroense vai ficar orgulhosa dos artistas que ela tem. Vamos esperar agora a estreia, esperar os aplausos que isso que a gente quer”, contou o diretor do Chuva de Bala.

Mesmo se tratado de uma história de época, o público verá elementos da atualidade durante as cenas do filme. “A possibilidade de se resgatar a história, mas, sobretudo, em tempos de pandemia encontrar essa possibilidade de estar apresentando o filme com toda preocupação e respeito à vida, porque a gente faz um trabalho no filme também com uso de máscara, orientação do uso de álcool em gel e com a questão do distanciamento. Esse filme vem para ficar para história uma vez que nós temos a preocupação que além de está trabalhando como os artistas, tomando como referência os cachês que são pagos também para os atores, bailarinos e os músicos, evidência o quanto Mossoró tem história para ser contada e inovando nesse contexto de se trabalhar o Chuva de Bala como um filme”, disse o secretário de Cultura.

Mais de 100 pessoas participaram do Chuva de Bala, dentre eles 72 artistas de 16 grupos e outros artistas independentes envolvidos diretamente no filme, entre bailarinos, atores, atrizes e músicos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário