A reinauguração do Museu Quilombola Gídeo Véio, localizado na Serra da Gameleira, no município de São Tomé-RN, aconteceu nesta sexta-feira, 15 de outubro, através do canal do YouTube IFRN Oficial.
A ação é fruto do Projeto de Extensão “Museologia Social e instalação do museu comunitário quilombola - Gideo Véio” e contou com fomento do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Canguaretama, em parceria com a Organização não Governamental Centro de Documentação e Comunicação Popular (Cecop).
A live de lançamento do Museu Gídeo Véio está disponível no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=5QtmlhJudrg
Após passar meses com as atividades interrompidas, em razão da pandemia do novo coronavírus, o Museu Gídeo Véio mudou de endereço, foi reestruturado e estará reaberto ao público. Os visitantes poderão, novamente ou pela primeira vez, visitar o passado da comunidade quilombola criada a partir do escravo que fugiu em busca de liberdade: Gídeo Véio.
Sobre o Museu:
A sede física do Museu está situada na Serra da Gameleira, no município de São Tomé, a cerca de 110 quilômetros de Natal, onde Gídeo Veio encontrou refúgio após se deparar com um olho d'água e formou a comunidade quilombola.
Fundado pela bisneta de Gídeo, a pesquisadora Maria Lúcia Nascimento, em 2016, o Museu tem o objetivo de preservar o legado, a memória, a cultura, a culinária, o som e as cores do antigo escravo e de toda a comunidade quilombola da Serra da Gameleira. Naquela época, por estar em uma sede provisória, o local teve de ser desocupado, o que fez o Museu interromper suas atividades.
Em 2020, Maria Lúcia, que atualmente reside em Portugal, buscou apoio do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Assim, o Museu passou a contar com a colaboração do Instituto por meio do Neabi do Campus Canguaretama do IFRN, representado pelo diretor-geral do Campus, professor Flávio Ferreira, pelo professor Nilton Xavier e pela estudante indígena Meyriane Costa.
Pensando em colaborar ainda mais com o Museu, o professor Flávio, que também é antropólogo e cientista social, propôs o projeto de Extensão “Museologia Social e instalação do Museu Comunitário Quilombola - Gídio Véio”. Conforme sua descrição, o objetivo é preservar “os lugares simbólicos e de memória mediante o desenvolvimento de inventários coletivos, a fim de garantir e afirmar a cidadania, direito à memória e políticas culturais”.
Parceria com ONG Cecop e acervo digital do Museu
O Museu Gídeo Véio conta ainda com o apoio da ONG potiguar Centro de Documentação e Comunicação Popular (Cecop), por meio da qual foi obtido apoio financeiro pela Lei Aldir Blanc, que garante financiamento ao setor cultural.
Raimundo Melo, um dos coordenadores da ONG, explica que a modernização do Museu, com a criação de um ambiente virtual, busca melhorar a exposição do acervo da entidade, composto por fotografias, ilustrações, pesquisas, entrevistas e objetivos doados pelos moradores da região.
Após a reestruturação do Museu, os visitantes poderão ter acesso a quatro espaços. Como explica o professor Nilton Xavier, no primeiro deles, será possível conhecer a organização da nova fase do Museu Gídeo Véio.
O segundo espaço é reservado para a história da comunidade e do Museu. No terceiro, serão expostas as atividades produtivas a partir das práticas de trabalhos. No quarto espaço, a culinária da comunidade recebe as atenções.
Para saber mais sobre o Museu, acesse o site:
Página no facebook:
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