Imagem: reprodução.
A festa comemorativa de Nossa Senhora do Ó, no município de Serra Negra do Norte, é considerada a partir desta quinta-feira (28/04) como patrimônio cultural imaterial, religioso e histórico do Rio Grande do Norte. A lei Nº 11.095/2022, que trata do reconhecimento da celebração foi publicada no Diário Oficial do Estado.
O projeto de lei foi escrito pelo deputado Francisco do PT e a legislação foi sancionada pela governadora Fátima Bezerra.
“A festa da Padroeira Nossa Senhora do Ó, celebrada em Serra Negra do Norte há mais de 200 anos, merece ser reconhecida e integrada como patrimônio cultural do nosso Estado por reunir os diversos rituais religiosos e outras manifestações culturais que remontam ao processo de formação do período da colonização Portuguesa”, justificou o parlamentar.
Sobre a Festa:
Construída em 1735, por iniciativa de Manoel Pereira e seus filhos, a capela de Nossa Senhora do Ó foi o marco inicial para o acelerado crescimento populacional na localidade de Serra Negra, o que só ressalta a importância dessa.
Como se sabe, os bens culturais de natureza imaterial são aqueles integrados pela prática e domínios da vida social que se manifestam pelas diversas formas, dentre as quais as celebrações, festas, rituais, expressões artísticas e tantas outras formas tradicionais manifestadas coletivamente.
A festa da Padroeira Nossa Senhora do Ó é uma celebração bicentenária que reúne os diversos rituais religiosos, profanos e outras manifestações culturais que remonta ao processo de formação do período da colonização Portuguesa, que merece o registro e seu reconhecimento.
Como em todas as comunidades interioranas, as festas de padroeiro, além do aspecto religioso, transformam-se em momentos de congraçamento e compartilhamento social, deixando ainda importantes registros de sua história e suas manifestações culturais.
A devoção a Nossa Senhora do Ó surgiu na Espanha há centenas de anos, tendo grande importância nos países ibéricos assim como no Brasil, em especial nos estados de Pernambuco (por onde se iniciou no Brasil), São Paulo, Minas Gerais, Pará e Alagoas.
Podemos dizer que a cultura engloba todas as formas de expressão do homem e da mulher: o sentir, o agir, o pensar, o fazer, bem como as relações entre os seres humanos e destes com o meio ambiente. A partir dessa definição, podemos afirmar que uma festividade tão antiga, importante e representativa, como a de São Sebastião em Parelhas, que possui aspectos tanto religiosos como sociais, deve ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial, Religioso e Histórico do Estado do Rio Grande do Norte.
Ainda sobre Patrimônio Cultural Imaterial, é importante destacar a definição da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que entende esse como "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural."
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