sexta-feira, 31 de maio de 2019

Lei Nº 10.522/2019: Fica instituído, no Calendário Oficial do Rio Grande do Norte, o “Dia Estadual do SAMU


RIO GRANDE DO NORTE

 LEI Nº 10.522, DE 30 DE MAIO DE 2019.

Fica instituído, no Calendário Oficial do Rio Grande do Norte, o “Dia Estadual do SAMU”. 

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: 

FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º Fica instituído, no Calendário Oficial do Rio Grande do Norte, o “Dia Estadual do SAMU”, a ser celebrado, anualmente, em 17 de setembro. 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 30 de maio de 2019, 198º da Independência e 131º da República.

FÁTIMA BEZERRA
 Governadora

Lei Nº 10.521/2022: Denomina de Johnatan Alexandre de Araújo a Quadra de Esportes da Escola Estadual Professor Antônio Aladim de Araújo, localizada no Município de Caicó


RIO GRANDE DO NORTE

 LEI Nº 10.521, DE 30 DE MAIO DE 2019. 

Denomina de Johnatan Alexandre de Araújo a Quadra de Esportes da Escola Estadual Professor Antônio Aladim de Araújo, localizada no Município de Caicó, no Rio Grande do Norte. 

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: 

FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º Fica denominada “Johnatan Alexandre de Araújo” a Quadra de Esportes da Escola Estadual Professor Antônio Aladim de Araújo, localizada no Município de Caicó, no Rio Grande do Norte. 

Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 30 de maio de 2019, 198º da Independência e 131º da República. 

FÁTIMA BEZERRA
 Governadora

Plínio Fernandes, ex-vice-prefeito de Caraúbas/RN


PLÍNIO FERNANDES DE OLIVEIRA nasceu no dia 15 de abril de 1931, no município de Caraúbas/RN, filho  de Hugolino D'Oliveira e Rosália Fernandes, e teve como irmãos Severino Fernandes de Oliveira(in memoriam), Haydée de  Oliveira(in memoriam), Juarez Fernandes de Oliveira(in memoriam), Péricles Fernandes de Oliveira(in memoriam), Herculino Fernandes de Oliveira(in memoriam) e Terezinha Fernandes de Oliveira. 

No dia 15 de janeiro de 1953 casou-se com Maria Cândida Fernandes, filha de Isaura Cândida Fernandes e Jacó Augusto Carneiro. Desse matrimônio, nasceram 3(três) filhas: Maria de Fátima Fernandes Siqueira, Gerusa Maria Fernandes de Oliveira e Isaura Cândida Fernandes. 

Plínio passou toda a sua vida em Caraúbas  e era uma pessoa de classe média, gostava de participar das diversões daquela época, fazia serestas com os amigos. Enfim, vivia uma vida sem grandes dificuldades. 

Fez apenas o Ensino Primário, mas apesar disso sabia conversar sobre qualquer assunto, pois lia frequentemente. 

Trabalhou por muitos anos como agricultor e fazendeiro, residiu na Fazenda São José, depois sua grande paixão foi a Fazenda Santa Luzia, em Caraúbas.  

Plínio tinha um coração bondoso e gostava muito de ajudar as pessoas ao seu redor, a partir dai começou a se interessar pela política. 

No ano de 1962, saiu candidato a vereador em Caraúbas, pelo Partido Republicano(PR), logrando êxito, conseguiu se eleger com 230 votos. Tomou posse em janeiro de 1963 e concluiu seu mandato parlamentar em janeiro de 1967. Com a instituição do sistema bipartidarista no Brasil, filiou-se ao partido da Aliança Renovadora Nacional(ARENA).

Devido a sua grande amizade com o ex-prefeito José Nicodemos Fernandes, no ano de 1976 foi escolhido por ele para seu candidato a vice-prefeito, pela ARENA. A parceria deu certo e a chapa José Nicodemos/Plínio Fernandes conseguiu se eleger com 2.222 votos, no pleito de 15 de novembro daquele ano. Eles derrotaram a chapa do MDB formada por Celso Gurgel(para prefeito) e Edvaldo Gurgel de Melo(para vice).

Plínio assumiu o cargo de vice-prefeito no dia 31 de janeiro de 1977 e concluiu seu mandato em 31 de janeiro de 1983.

Após deixar a vida pública, Plínio passou a se dedicar a sua família e ao trabalho diário na fazenda, vendendo o leite na região. Adorava tomar seu café e ficar na calçada, conversando com seus velhos amigos e os empregados da fazenda, que também tratava como bons amigos. Nunca fez diferença com seus funcionários e fazia questão que eles sentassem-se à mesa com sua família.

O grande cidadão Plínio Fernandes de Oliveira faleceu em sua terra natal no dia 04 de novembro de 2004, deixando uma marca de honradez, simplicidade e honestidade. 

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Caraúbas - Portal Fatos do RN

Wilma de Faria, primeira deputada federal do RN

Cartaz da campanha de "Wilma Maia" à Câmara Federal no pleito eleitoral de 1986. Arquivo: Francisco Veríssimo

Wilma iniciou sua vida pública ao ocupar o cargo de Presidente do MEIOS – Movimento de Integração e Orientação Social, durante o governo do então marido e governador Lavoisier Maia  Sobrinho. Posteriormente, foi Secretária de Trabalho e Bem-Estar Social na gestão do ex-governador José Agripino Maia. 

Em 1985 disputou a Prefeitura de Natal, recebendo apoio da máquina estadual, mas acabou derrotada pelo  então deputado estadual Garibaldi Filho, do PMDB. Apesar disso, Wilma  saindo fortalecida para pleitos futuros. 

O extinto PDS(Partido Democrático Social), foi o primeiro partido da trajetória política de Wilma de Faria. Arquivo: Francisco Veríssimo

No pleito de 1986, a ex-primeira-dama do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria Maia lançou sua candidatura à Câmara dos Deputados pela legenda do Partido Democrático Social(PDS), sendo apoiada pelo ex-governador Lavoisier Maia Sobrinho(PDS), candidato a Senador da República. 

Em um estilo de campanha marcado pelas visitas de casa em casa, Wilma surpreendeu a todos os adversários, inclusive os membros da própria família, ao se eleger com a maior votação do estado. 

A primeira mulher deputada federal do Rio Grande do Norte. Arquivo: Francisco Veríssimo

Wilma Maia foi eleita no dia 15 de novembro de 1986, com 143.583 votos para atuar nos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, tornando-se a primeira mulher deputada federal do Estado do Rio Grande do Norte. 

NOTA: Dois anos depois, a "guerreira" elegeu-se a primeira mulher prefeita da capital potiguar(Natal), na época pelo PDT, com expressiva votação, derrotando o deputado federal Henrique Alves, do PMDB. Wilma governou Natal a primeira vez de 1989 a 1992. Em 1994, saiu candidata a governadora, pelo PSB, mas acabou derrotada, ocupando o quarto lugar. Depois conquistou mais dois mandatos à frente do poder executivo natalense, administrando de 1997 a 2000 e 2001 a 2002, pelo PSB.

Em 2002, tornou-se a primeira Governadora do Estado, reelegendo-se em 2006. Em 2012, foi eleita vice-prefeita de Natal. Ensaiou duas candidaturas ao Senado em 2010 e 2014, mas não logrou êxito, e  encerrou sua carreira política em 2016, ao se eleger vereadora de Natal pelo PT do B(atual AVANTE).   

A “guerreira” faleceu em 15 de junho de 2017, aos 72 anos, na Casa de Saúde São Lucas, em Natal, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, e vinha convivendo com um câncer há vários  anos. Caso estivesse viva em 2018, Wilma poderia ter disputado novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, local onde deu início a sua trajetória na vida pública potiguar. 
*Francisco Veríssimo - Portal Fatos do RN

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Lei transforma orquídea em flor símbolo do Rio Grande do Norte

Espécie Cattleya granulosa virou símbolo do Rio Grande do Norte (Arquivo) — Foto: Divulgação

Uma nova lei estadual transformou a Orquídea Cattleya Granulosa em flor símbolo do Estado do Rio Grande do Norte. O texto foi sancionado pela governadora Fátima Bezerra (PT) e publicado nesta sexta-feira (17) no Diário Oficial do Estado.

A lei nº 10.508, de 16 de maio de 2019 também institui a Semana Estadual de Conservação, Valorização e Preservação da Orquídea Cattleya Granulosa, que deverá ser comemorada anualmente na última semana de agosto.

Ainda de acordo com a norma, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) será responsável por fomentar, realizar congressos, seminários, simpósios, palestras, feiras ou outros eventos que abordem temas relacionados à valorização da planta.

O órgão terá que divulgar a flor símbolo inclusive nos seus documentos oficiais.

*G1/RN

Lei Nº 10.508/2019: Reconhece a Orquídea Cattleya Granulosa como flor símbolo do Estado do Rio Grande do Norte e dá outras providências.


RIO GRANDE DO NORTE 

LEI Nº 10.508, DE 16 DE MAIO DE 2019. 

Reconhece a Orquídea Cattleya Granulosa como flor símbolo do Estado do Rio Grande do Norte e dá outras providências. 

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: 

FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º Fica reconhecida como flor símbolo do Estado do Rio Grande do Norte a Orquídea Cattleya Granulosa.  

Art. 2º Fica instituída a Semana Estadual de Conservação, Valorização e Preservação da Orquídea Cattleya Granulosa, a ser realizada anualmente na última semana do mês de agosto, em todo o território do Estado do Rio Grande do Norte. 

Art. 3º Nos termos dos arts. 15 e 16 da Lei Complementar Estadual nº 272, de 3 de março de 2004, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) promoverá ações voltadas a: 

I - fomentar ou realizar congressos, seminários, simpósios, palestras, feiras ou eventos congêneres que abordem temas pertinentes à conservação, valorização e preservação da orquídea Cattleya Granulosa; 
II - propiciar o envolvimento dos meios de comunicação na produção e divulgação de matérias que favoreçam a informação sobre a importância de se promover a conservação, valorização e preservação da orquídea Cattleya Granulosa; e 
III - divulgar a flor símbolo do Estado do Rio Grande do Norte em seus documentos oficiais. 

Art. 4º Fica o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) autorizado a celebrar convênios, termos de colaboração ou fomento e congêneres com órgãos ou entidades de direito público ou privado, para o cumprimento das atividades previstas nesta Lei. 

Coordenadoria de Controle dos Atos Governamentais – CONTRAG/GAC Art. 5º As despesas decorrentes da implementação desta Lei serão custeadas por intermédio de dotações orçamentárias consignadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) em favor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA). 

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 16 de maio de 2019, 198º da Independência e 131º da República. 

 FÁTIMA BEZERRA
 Governadora

domingo, 12 de maio de 2019

Café Filho - 1º Potiguar na Presidência da República

Café Filho(1899-1970)

Nascido em Natal, no Bairro das Rocas, a 03 de fevereiro de 1899, era filho do Sr. João Fernandes Campos Café e de D. Florência Amélia Campos Café.

Estudou no Ateneu Norteriograndense. Foi jornalista, advogado provisionado, Doutor ‘Honoris Causas” pela Universidade de Coimbra – Portugal, Deputado Federal, Vice-Presidente e, com a morte de Getúlio Vargas, Presidente da República Federativa do Brasil(1954/55), e posteriormente, Ministro do Tribunal de Conta do Estado da Guanabara.
Cedo ingressou no jornalismo político, em Natal, onde fundo o Jornal do Norte, em 1921; quando saiu do Estado, praticamente foragido, editou em Pernambuco o Correio de Bezerros, em 1925; ainda neste ano dirigiu o jornal A Noite, em Recife/ foi redator do Jornal A Manhã, no Rio de Janeiro, em 1929; na Revolução de 30, na Paraíba, reeditou o Jornal do Norte, que era favorável ao Governo Vargas, e foi redator do A União, órgão extra-oficial do Estado. Em 1945 juntamente com Sandoval Wanderley, Manoel Alves e Abelardo Calafange, fundou o Jornal de Natal, veículo que serviu para a sua luta partidária no Estado.

Há um fato, na sua vida jornalística, já como Deputado Federal na Assembleia Constituinte em 1947, que pouca gente conhece: O projeto que tratava da determinação de um Piso Salarial para os Trabalhadores em Atividades Jornalísticas, apresentado por ele, foi aprovado. Em represália, os proprietários de jornais proibiram a publicação das notícias sobre o andamento do referido projeto de lei.
Os jornalistas, então, começaram a editar o Café Jornal, auto intitulado “Órgão do Comitê Pró-Aumento de Salário dos Jornalista Profissionais”.

Em 03 de maio de 1935 era eleito Deputado Federal pelo RN, perdendo o mandato em 1937, com o golpe militar daquele ano, tendo que se refugiar na Argentina. Após a sua volta ao País, reiniciou as suas atividades políticas, sendo eleito para a Assembleia Nacional Constituinte em 1945, projetando-se como um parlamentar oposicionista; em 1950 foi eleito Vice-Presidente, ao lado de Getúlio Vargas.

Como Advogado Provisionado, foi destemido e perseguido. Defendia as causas sociais, tendo uma ligação forte com os Sindicatos; se destacou, principalmente, na defesa em prol da Associação dos Operários do Sal, fundada em 1931, que posteriormente ficaria famosa como o Sindicato do Garrancho, e que era o órgão de defesa dos trabalhadores da industria do sal no Oeste Potiguar. Antes foi o organizador da Primeira Greve Geral dos Trabalhadores do RN, no ano de 1923 – de onde fizeram parte várias categorias como, os estivadores, marítimos e as tecelãs da única Fábrica de Tecidos de Natal  - partindo daí a criação de vários outros sindicatos.

No ano de 1927 foi o defensor de Chico Pereira, paraibano, erroneamente taxado de cangaceiro, indicado por um crime que não cometera, o roubo na Fazenda Ramada, do Coronel Quincó, no município de Acari-RN; do Governador do Estado, à época denominado de Presidente, escrevendo no seu Jornal contra os desmandos daquele, foi perseguido, juntamente com a sua família, tendo que se refugiar no Rio de Janeiro.

Como Presidente da República visitou vários países, merecendo inúmeras homenagens; também visitou várias vezes a sua cidade natal, numa delas para exercer o seu direito de voto. Em novembro de 1955 foi vítima de um golpe militar chefiado pelo General Lott, seu Ministro da Guerra, perdendo o direito de completar o seu governo constitucional. No entanto, não perdeu a altivez moral com que soube exercer a magistratura suprema do País. Deixou o governo pobre, como nele entrara. Foi um ardoroso defensor do petróleo brasileiro, são dele as seguintes palavras sobre o mesmo:

“A política petrolífera deveria observar a legislação da PETROBRÁS. Considerei meu dever prestigiar essa organização e proporcionar-lhe os meios necessários à alta missão que lhe fora confiara.
Durante a minha gestão na Presidência da República, foram autorizadas pela primeira vez as pesquisas em Alagoas, o mesmo ocorrendo com o Rio Grande do Norte, não por ser o meu estado natal, mas porque os estudos ali realizados indicavam a existência de petróleo nas proximidades de Mossoró e os técnicos reputaram aconselháveis as prospecções aliás suspensas mais tarde, ignorando eu os motivo.” (página 455).

Foi um exemplo de probidade e honestidade administrativa, como político e homem público, rara nos dias atuais – saiu da Presidência da República sem possuir um automóvel. Os seus novos conterrâneos, os cariocas, se surpreendiam ao vê-lo nas filas das paradas dos coletivos. Em Copacabana: “um político que tinha chegado ao mais alto posto do País, voltas às atividades privadas de maneira tão simples”.

Em 1966 publicou as suas memórias no livro, em 2 volumes, “Do Sindicato ao Catete”.
  
Café Filho faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de fevereiro de 1970, aos 71 anos de idade.
Foi Presidente do Brasil entre 24 de agosto de agosto de 1954 e  8 de novembro de 1955.

Fonte de consulta: Café Filho - Um Potiguar na Presidência da República. Antônio Kyldemir Dantas de Oliveira. Fundação Vingt-Un Rosado - Coleção Mossoroense. Série “B” – Número 1641, Mossoró-RN  1999


*Francisco Veríssimo - Portal Fatos do RN

Luciano Cruz, ex-prefeito de Caraúbas/RN


LUCIANO AUGUSTO DA CRUZ nasceu no dia 07 de outubro de 1948, no Sítio Moreno, município de Caraúbas/RN, é filho do saudoso casal João José da Cruz e Dalva de Oliveira Cruz. É neto paterno de Antônio José Fernandes e Maria Eudócia de Morais. Neto materno de Gil Braz Augusto de Oliveira e Júlia Melânea Câmara.

Faz parte de uma numerosa família de dez irmãos: Júlia Câmara Bezerra de Queiroz, Cleodon Augusto da Cruz, Washington Augusto da Cruz(in memoriam), Josenira Augusta da Cruz Sales, Juscileide Câmara da Cruz Gurgel, Juraci Augusta da Cruz, Jucelena Augusta da Cruz Costa, Jandira de Oliveira Cruz Câmara e Janeide de Oliveira Cruz

Durante sua infância, dividia seus dias entre a casa dos pais e a do avô Gil Braz, que morava no Sítio Arrebol, não muito distante do Moreno, mas, mais próximo do Distrito de São Geraldo.

Estudou todo o Ensino Fundamental na Escola Isolada de São Geraldo, depois, Escola Estadual Francisco Reinaldo da Costa e hoje, desativada.

Filho de agricultor tinha uma vida simples, bucólica. Gostava de criar passarinhos e ele mesmo construía as gaiolas e os alçapões.

Dono de uma simpatia invejável, na sua juventude era fácil ser amigo dele. Muito participativo em todos os acontecimentos do lugar, fez parte de time de futebol, do coral da Igreja Batista de Moreno e de todas Associações que apareciam.

Gostava muito de ajudar aos outros, chegando a doar até a “roupa do corpo” para quem estava precisando. Sempre trazia alguém para almoçar, jantar ou se hospedar na casa de seus pais no Moreno. Jovem alegre, extrovertido e amigos de todos. Do lado sentimental era um “Dom Juan”.

Trabalhava ajudando a seu pai, João da Cruz, em todas as atividades rurais daquela Comunidade.

Em 1972, foi morar em Caraúbas, pois casou com a Professora Maria Djanira de Morais, sua prima, com quem teve quatros filhas, mas três faleceram ainda pequenas, criando apenas Patrícia Helena de Morais Cruz, que é enfermeira e residente em Mossoró. Passou a trabalhar no comércio, primeiro como funcionário e depois como proprietário de uma Mercearia no centro da cidade, a qual durou muitos anos.

A política sempre “corria em suas veias” e, não demorou para ser candidato a Vereador, conseguindo ser o mais votado, em 1976, obtendo 550 votos, pela ARENA(Aliança Renovadora Nacional), quando o Prefeito eleito foi Ozael Fernandes Soares. Legislou com seus pares o mandato que foi de seis ano(31/01/1977- 31/01/1983).

Nunca mais saiu da Política, mesmo sem participar da disputa, trabalhava apoiando os candidatos do seu partido, o que fazia com muita paixão. Sempre conservou as portas de sua casa, abertas, para receber todo mundo que o procurasse. Muito simples, humilde, conhecido por não faltar a velórios e enterros. Sua casa até hoje, continua com a simplicidade de quando comprou, com o mesmo modelo, o mesmo piso, a mesma fachada.

Em 1996, foi candidato a vice-prefeito de Caraúbas na chapa encabeçada pelo médico Aguinaldo Pereira da Silva a qual obteve a vitória, com 5.741 votos. Participou ativamente da administração municipal na condição de vice, ao lado de Dr. Aguinaldo, sempre afinados e amigos. Tinha seu Gabinete instalado na sede da prefeitura, onde dava expediente todos os dias, recebendo quem o procurava.

Em 2000, a chapa foi repetida e reeleita, com 5.392 votos,  para o mandato de mais quatro anos. Porém em novembro de 2001 com o falecimento de Dr. Aguinaldo, Luciano assumiu o cargo de Prefeito, o que fez com muita dedicação e amor. Assim passou oito anos consecutivos no comando do município, nas condições de Vice e de Prefeito.

Dos muitos feitos do seu mandato, destaca-se na Educação: em parceria com a UERN, conseguiu o Curso PROFORMAÇÃO, para qualificação dos Professores leigos, os quais eram atendidos no Campus em Patu; instituiu o Conselho Municipal de Educação com a finalidade específica de colaborar na política de Educação do município e o Sistema Municipal de Ensino. Conseguiu a implantação do Núcleo da UERN, (NAESC) em Caraúbas, que funcionou inicialmente, com os Cursos de Pedagogia e Geografia, tendo sido este, depois, substituído pelo Curso de Administração.

Na infraestrutura do município construiu Casas populares, fez pavimentação na Zona Urbana e na Zona Rural, com destaque para as localidades de Apanha-Peixe e o Distrito de São Geraldo; beneficiou várias localidades com eletrificação rural e adutoras. Recuperou o Terminal Rodoviário, entre outros.

Enfim, cuidou de Caraúbas, com carinho e humildade. É um eterno apaixonado pela Política. Ela irá com ele por toda a vida.

Fonte: Professora Juscileide  Cruz

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Caraúbas - Portal Fatos do RN

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Cel. Chico Pinto, primeiro prefeito constitucional de Apodi/RN


FRANCISCO FERREIRA PINTO nasceu no Sítio Merêncio, município de Apodi/RN, no dia 17 de abril de 1895, filho do casal Cassimiro Ferreira Pinto(Dodô) e Vicência Gomes de Oliveira Pinto. Era neto paterno de Vicente Ferreira Gomes Pinto e Arcelina Rufina da Exaltação, e neto materno do Capitão Tito Joaquim de Souza Campêlo e D. Maria Gomes de Oliveira.

Teve como irmãos Aristides Ferreira Pinto, Lucas Pinto, Antônio Ferreira Pinto(2), João Ferreira Pinto Sobrinho(João de Dodô), Ester de Oliveira Pinto, Maria Ferreira Pinto(Maria de Dodô), Isabel de Oliveira Pinto(Bibia), Aristea de Oliveira Pinto e Raimunda de Oliveira Pinto.

Em 20 de setembro de 1913,  casou-se na Igreja Matriz de Apodi com sua parente próxima Maria Salomé Diógenes Pinto(filha legítima de Francisco Diógenes Paes Botão e Antônia Zenóbia Pinto). Desse matrimônio, tiveram os seguintes filhos: Francisco Pinto Filho, João Pinto(auditor fiscal, foi prefeito de Apodi de 1958 a 1963), Francisca Diógenes Pinto(Francisquinha) e Maria de Lurdes Pinto.

O Coronel Chico Pinto foi agricultor, comerciante e um político de grande prestígio. Jovem ainda, ingressou na atividade comercial, como sócio da firma "Jázimo & Pinto", do seu parente Cel. João Jázimo Pinto, que mais tarde(1912) viria a ser sogro. A casa comercial dedicava-se ao ramo de tecidos e miudezas em geral. Com o falecimento do Cel. João Jázimo, em 1926, a firma foi dissolvida, surgindo com a ova denominação de Casa Comercial "Pinto & Cia", tendo como sócio seu irmão Lucas Pinto, um homem de raro tino comercial.

Elegeu-se Intendente Municipal de Apodi no ano de 1922, para o triênio 1923-1925, ocasião em que foi escolhido como Presidente do Conselho de Intendência Municipal(cargo que atualmente equivale ao de prefeito). Reelegeu-se em 06 de setembro de 1925, para o triênio 1926-1928, novamente voltando a ocupar a presidência da Intendência. 

No episódio de 10 de maio de 1927, data em que o cangaceiro Massilon Leite atacou a cidade de Apodi chefiando parte do bando de Lampião, Chico Pinto teve sua vida ameaçada, por questões políticos,  mas foi salvo graças a intervenção do Padre Benedito Basílio Alves, vigário da Paróquia.

Em julho de 1927, foi eleito deputado estadual do Rio Grande do Norte, para o triênio 1927-1929, representando o município de Apodi e regiões circunvizinhas. A legislação da época permitia que Chico Pinto pudesse exercer os dois cargos públicos ao mesmo tempo. 

No pleito eleitoral de 02 de setembro de 1928 foi eleito o primeiro prefeito constitucional de Apodi(cargo criado após a Reforma da Constituição Estadual de 1926), com uma votação de 694 votos, sendo empossado no cargo no dia   01º de janeiro de 1929.

Durante a sua administração foi construído o prédio da Prefeitura Municipal de Apodi, que também abrigava uma Cadeia Pública e um Quartel, cuja inauguração ocorreu no ano de 1930. 

Porém, Chico Pinto não concluiu seu mandato, já que foi afastado do cargo em virtude da Revolução de 1930, no mês de outubro daquele ano. Foi substituído pelo prefeito revolucionário, Cosme Corsino de Lemos. Mesmo afastado de um cargo público continuou exercendo forte liderança na região

Mas, por volta das 20:30 horas do dia 02 de maio de 1934, o Cel. Francisco Ferreira Pinto foi covardemente assassinado em sua residência, quando dirigia-se em direção à porta que dava acesso ao quintal. Neste interim, foi brutalmente atingido por certeiro tiro que lhe atingiu o tórax, fulminando-o incontinenti. Por inveja de políticos e poderosos da época, tombou o Cel Chico Pinto, o mais prestigioso político de Apodi.

Ele residia em um antigo Casarão, ainda hoje existente na Rua Nossa Senhora da Conceição, no centro de Apodi,  atualmente pertencente a sua neta materna, professora Mariinha Dantas Pinto. 

Seu irmão Lucas Pinto, uma das maiores lideranças políticas de Apodi, que assumiu os destinos políticos do município após a partida de Chico Pinto, ocupou o cargo de prefeito municipal por quatro vezes: 02/02/1936 a 31/07/1937; 01/08/1937 a 26/12/1937;  27/12/1937 a 22/09/1940 e 19/03/1946 a 21/03/1948.

Chico Pinto era tio de José da Silveira Pinto(médico, ex-prefeito de Apodi e ex-deputado estadual) e Newton Pinto(ex-deputado estadual, desembargador e ex-presidente do TJ/RN).

No dia 04 de maio de 1959, foi sancionada  pelo prefeito João Pinto a  lei municipal Nº 02/59, que  instituiu o "Feriado Municipal de 02 de Maio", para relembrar a  trágica morte do ilustre filho apodiense.

Além disso, em sua homenagem foi criada a "Praça Francisco Pinto", localizada  em frente à Prefeitura Municipal de Apodi(denominada de "Palácio Francisco Pinto"). Na Praça, existe um pequeno busto retratando o ilustre chefe político de Apodi.

FONTE DE PESQUISA: "Datas e Notas para a História de Apody" - Marcos Pinto;
Livro de Atas da Câmara Municipal de Apodi.

*Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN

Links relacionados: Lei que instituiu o feriado de 02 de maio em Apodi: