sábado, 17 de agosto de 2019

"Lavô Governador", 1990

Arquivo: Lavô Governador, campanha eleitoral de 1990.   
OBS: Caso  a imagem  seja reproduzida, por favor citar a fonte desta postagem. 

"Santinho" da campanha eleitoral de  1990 do então senador Lavoisier Maia Sobrinho, candidato ao Governo do Estado pelo PDT(12), formando a coligação "Unidade Popular" - PDT/PTB/PMDB/PSC/PCB/PST. Seu companheiro de chapa, foi o deputado estadual Arnóbrio Abreu(PMDB). 

Lavoisier rompido "politicamente" com o primo José Agripino(Maia),  foi buscar o apoio de membros importantes da família "Alves", dentre eles, a liderança de maior renome, o ex-governador e ex-deputado federal Aluizio Alves(PMDB). Além disso, a prefeita de Natal, na época sua esposa, Wilma Maia(PDT) e o então governador Geraldo Melo(PMDB), também colaboraram com sua candidatura, ou seja contava com o apoio das máquinas administrativas estadual e municipal. 

No primeiro turno(15 de novembro), Lavoisier amealhou 372.301 votos. Já no segundo escrutínio(25 de novembro), logrou 483.067 sufrágios, sendo derrotado pelo seu primo, o também senador José Agripino Maia, candidato a governador pelo PDS, que se elegeu com 454.528 votos(uma diferença de 82.227 votos).  

Mas,  apesar da derrota Lavoisier continuou a desempenhar seu mandato senatorial, que  se encerraria apenas em janeiro de 1995.

Nesse pleito, Lavô fez dobradinha com o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Natal, Garibaldi Alves Filho, que concorreu ao Senado pelo PMDB, conseguindo se eleger com 404.206 votos, impondo derrota ao senador Carlos Alberto de Souza, postulante à reeleição pelo PDC(coligação de Agripino), que alcançou 329.793 sufrágios.

NOTA: Lavoisier Maia foi governador "biônico"(ou seja indicado pelo Presidente da República), do Rio Grande do Norte no período de março de 1979 a março de 1983. Em 1986, elegeu-se senador da República ao lado do primo José Agripino, que havia renunciado ao governo. Depois de ter perdido a campanha de 1990, Lavô voltou a disputar o Governo Estadual no pleito de 1994, sendo derrotado novamente, desta vez pelo seu ex-aliado, o senador Garibaldi Filho. Elegeu-se deputado federal em 1998, para a legislatura 1999-2003, concorreu à reeleição em 2002, porém ficou com a primeira suplência. Em 2006, disputou uma vaga na Assembleia Legislativa do RN, conseguindo se eleger para a legislatura 2007-2011, encerrando sua vida pública.

*Francisco Veríssimo-Portal Fatos do RN

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Tonho Lopes, ex-vice-prefeito de Apodi


ANTÔNIO LOPES FILHO nasceu na cidade de Apodi/RN no dia 10 de maio de 1890, filho do tabelião público Antonio Lopes Correia Pinto e de Maria Olímpia de Oliveira, e tinha como irmãos Philástrio Lopes Correia Pinto, Valdemira Lopes Cabral, Hilda Lopes de Oliveira. 

Casou-se com Armandina de Góis Lopes, filha de Aristeu de Góis Nogueira e Cassimira Leite. Desse matrimônio, nasceram 6(seis) filhos: Robson Lopes(professor e ex-vereador de Apodi), Antônia Nair Lopes(esposa do escritor e pesquisador apodiense Válter de Brito Guerra), Maria de Lourdes Lopes(Lulu de Seu Tonho, esposa do escritor e poeta apodiense José Leite), Raimunda Lopes Leite(professora, foi casada com o soldado Chico Leite), Francisca Lopes Guerra e Helen Lopes Carvalho.

No dia 02 de setembro de 1928, Antônio Lopes Filho disputou o cargo de Intendente Municipal(atual cargo de vereador), em Apodi, sendo eleito com 450 votos. Foi empossado em 01º de janeiro de 1929, porém não concluiu seu mandato que seria encerrado em 1931, já que foi cassado pela Revolução de 1930.

Foi Secretário da Prefeitura de Apodi por várias vezes, durante as gestões do ex-prefeito Cel. Lucas Pinto. Como não existia o cargo de vice-prefeito na época, Tonho Lopes assumiu interinamente o cargo de prefeito em virtude das licenças de Lucas Pinto. 

No ano de 1948,  aceitou o convite e disputou mandato de vice-prefeito, pelo Partido Social Democrático(PSD), sendo eleito no pleito de 21 de março daquele ano, fazendo parte da chapa encabeçada pelo também farmacêutico Francisco Holanda Cavalcante(Neném Holanda), eleito prefeito também pelo PSD.

Tonho Lopes assumiu a vice-prefeitura no dia 22 de abril de 1948, e ao ser empossado passou a acumular o cargo  de Presidente da Câmara Municipal de Apodi, conforme previa a legislação da época. Permaneceu à frente da vice-prefeitura e no comando do poder legislativo apodiense até o dia 31 de março de  1953, encerrando sua passagem na vida pública. Durante as ausências do titular, assumiu o cargo de prefeito por várias oportunidades. 

Como Apodi não tinha médico, Tonho Lopes ocupava esse papel, pois era farmacêutico, e até fazia partos de graça. Além de fornecer os remédios, era sempre chamado para qualquer tipo de emergência médica.  Foi um homem muito considerado e estimado pela população.

O farmacêutico Antonio Lopes Filho faleceu no dia 02 de março de 1955, vítima de problemas cardíacos.

É Patrono de uma rua no centro de Apodi e também patrono do “Estádio Antonio Lopes Filho”, situado na Rua Adrião Bezerra, no bairro Lagoa Seca.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Apodi - Portal Fatos do RN