sábado, 29 de novembro de 2014

Lei Nº 9.035/2007: Declara integrante do patrimônio cultural, histórico, geográfico, natural, paisagístico e ambiental do Rio Grande do Norte, a Caverna da Furna Feia, localizada no município de Mossoró


LEI Nº 9.035, 29 DE NOVEMBRO DE 2007.

Declara integrante do patrimônio cultural, histórico, geográfico, natural, paisagístico e ambiental do Rio Grande do Norte, a Caverna da Furna Feia, localizada no município de Mossoró.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 49, § 7º, da Constituição do Estado, combinado com o artigo 71, II, do Regimento Interno (Resolução nº 46, de 14 de dezembro de 1990).

FAÇO SABER que o PODER LEGISLATIVO aprovou e EU promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica declarado Patrimônio cultural, histórico, geográfico, natural, paisagístico e ambiental do Estado do Rio Grande do Norte, nos termos e para fins, especialmente, dos Arts. 144, § 1º e 150 da Carta Estadual, a Caverna da Furna Feia, localizada no município de Mossoró.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, Palácio "JOSÉ AUGUSTO", em Natal, 29 de novembro de 2007.

Deputado ROBINSON FARIA
Presidente

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Lei Nº 9.571/2011: Institui o Dia Estadual à Memória da Beata mártir Irmã Lindalva Justo de Oliveira


LEI Nº 9.571, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011.

Institui o Dia Estadual à Memória da Beata mártir Irmã Lindalva Justo de Oliveira.

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o "Dia Estadual à Memória da Beata mártir Irmã Lindalva Justo de Oliveira", a ser comemorado no dia 07 de janeiro de cada ano.

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 24 de novembro de 2011, 190º da Independência e 123º da República.

ROSALBA CIARLINI ROSADO 
Thiago Cortez Meira de Medeiros 

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - SECRETARIA LEGISLATIVA

sábado, 22 de novembro de 2014

Hino do município de Campo Grande/RN




Composição: Maestro Raniere Soares

Sobre as margens do Rio Upanema
Nosso sangue indígena se deu,
Da nação dos tapuias que outrora
Defendia com bravura o solo seu.
A tribo dos pegas que habitavam
Esta terra protegida por Tupã,
A Cuó nos sombreia para sempre,
A natureza jamais nos deixa vã.

(Refrão)

Campo Grande és orgulho
Dos Patrícios que nascem aqui,
Terra amada és tão bela
Para nós o eterno porvir.

Da riqueza encravada no sertão,
Tem provido abundante sustento,
A cultura e a fé que nos animam
Destemidos sertanejos sem lamentos.
Essa crença herdada dos silvícolas
Nos protege da lança e do fuzil,
Campo Grande tu és muito forte,
A mais bela e amada do Brasil.

(Refrão)

Verde e branco ostenta tua flâmula,
É um escudo que fala por nós,
Berço santo de musicalidade,
Neste Campo é melodia em uma só voz.
Louvaremos amantíssima cidade
Que nos dá toda força e Vigor,
Fragmento de um paraíso
Um refúgio de Paz e Amor.

Hidrografia do RN

HIDROGRAFIA é o estudo as águas existentes em um determinado lugar. Desde as águas dos rios, lagos e lagoas, até aquelas que são represadas pela ação do homem nos açudes e barragens.

Principais rios formadores das bacias hidrográficas mais importantes do nosso Estado.


O RIO PIRANHAS-AÇU nasce na Serra do Bongá, na Paraíba, com o nome de Rio Piranhas, recebe as águas dos rios paraibanos Piancó e do Peixe e entra no Rio Grande do Norte pelo município de Jardim de Piranhas, passando a receber as águas de todos os rios que formam a bacia hidrográfica da região do Seridó. O rio Piranhas-Açu é o mais importante rio do Estado, represado pela Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, passou a formar um grande lago, que, através de adutoras, abastece de água várias cidades do nosso Estado além de irrigar a área de cultivo de frutas tropicais, principalmente o melão.

Com a vazão (sangria) da Barragem, o rio continua o seu curso, agora com o nome de Piranhas-Açu, indo desaguar no Oceano Atlântico, nas imediações da cidade de Macau. Nas várzeas próximas da a Macau estão localizadas as salinas dessa região.

O RIO APODI-MOSSORÓ é o segundo rio de maior importância do Estado, em extensão. Com nascente localizada na Serra de Luís Gomes, passa pelos municípios localizados na Chapada do Apodi e, depois de banhar a cidade de Mossoró, despeja suas águas no Oceano Atlântico entre os municípios de Grossos e Areia Branca, onde estão localizadas as salinas produtoras de sal.

O RIO POTENGI nasce na Serra de Santana e banha os municípios de Cerro Corá, São Tomé, São Paulo do Potengi, Ielmo Marinho, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Natal. Na Barra do Rio Potengi, também chamada de desembocadura, lugar onde as águas do rio encontram com as águas do mar, está localizado o Porto de Natal.

O RIO CEARÁ-MIRIM nasce na Serra de Feiticeiro no município de Lages, percorre cerca de 120 km até desaguar no Oceano Atlântico, na localidade de Barra do Rio. No seu caminho é represado pela Barragem de Poço Branco. Ao se aproximar do município de Ceará-Mirim, o rio forma um vale, cujos solos são de boa fertilidade para as atividades agrícolas.

O RIO TRAIRI tem suas nascentes na Serra do Doutor em terras dos municípios de Campo Redondo e Coronel Ezequiel. Banha vários municípios do nosso Estado. No seu baixo curso, que abrange terras dos municípios de Monte Alegre, São José de Mipibu e Nísia Floresta, o solo das várzeas é favorável à agricultura. No seu caminho em direção ao litoral, o Rio Trairi forma as lagoas de Nísia Floresta, Papeba, desaguando no oceano através da lagoa de Guaraíra.

O RIO JACU nasce na Paraíba, entrando no Rio Grande do Norte através do município de Japi. Banha vários municípios do nosso Estado e, quando chega ao município de Goianinha, forma uma várzea com solos férteis, indo desaguar no oceano também através da lagoa de Guaraíra.

O RIO CURIMATAÚ nasce na Chapada da Borborema na Paraíba, entrando no Rio Grande do Norte pelo município de Nova Cruz. Corta ainda com suas águas os municípios de Montanhas, Pedro Velho, Canguaretama e Baía Formosa, desaguando no Oceano na localidade de Barra do Cunhaú.

O RIO SERIDÓ nasce em Cubati, na Paraíba, entra no Rio Grande do Norte pelo município de Parelhas, onde é represado pela Barragem do Boqueirão. Banhas as cidades de Jardim do Seridó, São José do Seridó, Caicó e São Fernando, onde deságua para dentro do rio Piranhas-Açu. Em seu leito, nas imediações de São José do Seridó, foi construída a Barragem Passagem das Traíras.

Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte  - José Lacerda Alves Felipe / Edilson Alves de Carvalho.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Lei Nº 9.882/2014:Fica reconhecido como de Utilidade Pública o Museu Auta Pinheiro Bezerra, no município de Santa Cruz


LEI Nº 9.882, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2014.

Fica reconhecido como de Utilidade Pública o Museu Auta Pinheiro Bezerra, e dá outras providências.

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica reconhecido como de Utilidade Pública o MUSEU AUTA PINHEIRO BEZERRA, com sede e foro jurídico na cidade de Santa Cruz, Estado do Rio Grande do Norte.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal, 17 de novembro de 2014, 193º da Independência e 126º da República.

ROSALBA CIARLINI 
Júlio César de Queiroz Costa

domingo, 16 de novembro de 2014

Solos do RN


O solo é toda a terra que cobre a superfície do nosso planeta. Estudá-lo é importante porque é nele que cultivamos as plantas, construímos nossas casas, ruas, edifícios... É ele também que, através das raízes das árvores, sustenta e dá apoio aos vegetais.

Formado por argilas, areias, cascalhos, pedras e por matéria orgânica de origem animal e vegetal, o solo pode ser fértil ou não, dependendo da composição desses elementos.

No Rio Grande do Norte, os solos se apresentam bastante variados; os tipos mais significativos são: pedregosos, conhecidos cientificamente como solos litólicos e Bruno não cálcio. Esse tipo de solo ocupa todo o Centro-Sul do Estado: Arenosos ou Tabuleiros, conhecidos pelos nomes científicos de Areias Quartzozas e Latossolos vermelho-amarelo, ocupam quase todo o litoral do Estado; solos argilosos, denominados de podzólico vermelho-amarelo, por sua vez, ocupam algumas áreas do Estado, principalmente o alto Oeste, na região chamada de Tromba do Elefante. Ainda são encontrados os solos calcários, também denominados de Rendzina, especificamente nos terrenos da Chapada do Apodi, a Oeste do Estado, onde predomina também um tipo de solo característico de terrenos sedimentares, conhecido cientificamente como Cambisol Eutrófico.

Os solos salinos, também chamados de Solonchak e Solonetz, são outro tipo de solo que ocorre em pequenas áreas do território estadual. Além desses, temos os solos de Várzea, também conhecidos como solos Aluviais, que margeiam alguns dos nossos rios, como é o caso do Piranhas-Açu. Por fim, os solos de Mangues, que ocorrem principalmente nas desembocaduras rios, como o Potengi e o Curimataú.

Fonte: Atlas Escolar do Rio Grande do Norte  - José Lacerda Alves Felipe / Edilson Alves de Carvalho.

Livro de Casamentos e óbitos de Caraúbas


Livro de Casamentos e Óbitos de Caraúbas. 
Autor: Antonio Gomes de Sales

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O domínio holandês na Capitania do Rio Grande


Após tomarem a Fortaleza dos Reis Magos, os holandeses passaram a chamá-la de Castelo Ceulen, passando a ser comandada pelo capitão holandês Joris Gardtzman que, anos depois, casou com a filha de João Lostão Navarro, figura importante na capitania. Natal passou a se chamar Nova Amsterdã e o Nordeste do Brasil de Nova Holanda.

Os portugueses, de dominadores passaram a dominados, de perseguidores, a perseguidos. O “caçador’’ virou “caça’’, pois os holandeses aliados aos índios Janduís iniciaram a perseguição aos colonos portugueses e aos índios potiguares, seus aliados. 

Os holandeses eram protestantes calvinistas e os portugueses católicos, vários missionários católicos foram mortos pelos holandeses durante anos que dominaram a Capitania do Rio Grande: André de Soveral, Antonio Francisco e Ambrósio Francisco Ferro. 

Quanto aos índios, os holandeses garantiram-lhe o direito à liberdade, não os escravizou como fizeram os portugueses, mas manipulo-os para que eles realizassem seus objetivos de conquista.

Os holandeses fizeram ameaças com esta: “Saibam os habitantes deste país que tomamos à viva força o forte e que abastecemos de todo o necessário, a fim de manter nossa conquista; e saibam mais: todos aqueles que desejarem ficar pacificamente morando nas suas casas devem declará-lo no prazo de três dias; do contrário se usará contra eles o rigor, tratando-os como nossos inimigos, incendiando as suas habitações e destruindo seus bens’’ . (LIRA, 1982)

Fonte: Rio Grande do Norte: História, Cultura e Identidade - Marlúcia Galvão Brandão. Curitiba: Base Editora, 2008

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Participação dos índios potiguares na luta contra os holandeses

A insurreição Pernambucana prolongou-se de 1645 a 1654. Alem dos senhores de engenho, recebeu a adesão da população pobre, negra e dos índios potiguares.


Felipe Camarão (Poti), chefe dos potiguares da Aldeia Velha, atualmente Igapó, acompanhado de sua esposa Clara Camarão lutaram ao lado dos portugueses.

A coroa portuguesa condecorou Felipe Camarão pelos serviços prestados a Portugal nas lutas contra o inimigo Holandês. 


Clara Camarão ficou registrada em crônicas e em versos.

Clara Camarão

Trombeteiam na noite as inúbias, ao luar
Que cai, na velha aldeia, aclarando o mangal.
Tudo em redor da taba é uniforme, é igual, 
Desde o gemer do vento aos regougos do mar.

Clara fez-se guerreira indômita, a campear,
Flecha segura à mão, vencendo o matagal 
Nunca esteve em recuo, em seu avanço triunfal,
Pois desde que adolesceu, seu destino é lutar.

Carregar na alma o instinto, os índoles avoengos,
De não retroceder nas lutas que travou,
Pra livrar seu rincão das incursões flamengas.

E porque combateu com gesto, o mais hostil,
O inimigo soez, a história consagrou, 
A mais brava mulher guerreira do Brasil.

Fonte: Rio Grande do Norte: História, Cultura e Identidade - Marlúcia Galvão Brandão. Curitiba: Base Editora, 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Vegetação do RN


As plantas dependem de uma série de fatores para viver. Um desses fatores é o CLIMA que vai determinar a presença e a quantidade de água disponível; outro fator é a qualidade do SOLO. Assim como o CLIMA e os SOLOS, também temos diferentes formas de VEGETAÇÃO, que é o conjunto de plantas que recobre o solo de um lugar.

Dessas formas de vegetação destacam-se:


• A CAATINGA – formada por plantas adaptadas ao clima Semiárido ou Tropical Quente com pouca água, chegando a perder suas folhas nos períodos de maior estiagem, abrange 80% do território do Rio Grande do Norte.
A utilização de queimadas para limpar terrenos destinados a roçados, bem como o aproveitamento da madeira das árvores na construção civil e na produção do carvão e construção com cercas, vêm contribuindo para o desaparecimento progressivo desse tipo de vegetação. 

As plantas mais representativas da CAATINGA são: jurema, pau-branco, xique-xique, mandacaru, catingueira, aroeira, angicos e imburana.


OS CERRADOS – outro tipo de vegetação que ocorre nos Tabuleiros Costeiros e é formada basicamente por gramíneas (capim) e vegetais arbustivos de pequeno porte como a mangabeira e a lixeira.


A FLORESTA SUBCADUCIFÓLIA – mata de transição entre a floresta litorânea ou mata atlântica e a vegetação de Caatinga. Por essa razão a sua formação apresenta plantas desses dois tipos de vegetação, como é o caso da aroeira, macaíba, baraúna, umbuzeiro e angico
.

A FLORESTA LITORÂNEA OU MATA ATLÂNTICA – matas que estão sendo destruídas desde a chegada dos primeiros povoadores, para dar lugar à plantação de cana-de-açúcar, para a extração de madeira, como é o caso do pau-brasil, ou, ainda, pela ocupação desordenada que ocorre nos dias de hoje.

Esse tipo de vegetação ocupava quase todo o litoral da região Nordeste. Os estudos mostram que apenas 5% da mata que existia, pode ser encontrada atualmente.

No Rio Grande do Norte, essa vegetação associa-se às matas de dunas e de restingas e se localiza, no litoral Leste do Estado. As árvores mais conhecidas dessa floresta litorânea são: o pau-d’arco roxo, o pau-d’arco amarelo, o jatobá, o Angelim, o sapucaia e a maçaranduba.


OS MANGUEZAIS – localizados nas várzeas próximas à desembocadura dos rios, onde as águas das marés se misturam com as águas dos rios, os manguezais são importantes pela quantidade de peixes e crustáceos que vivem mas águas onde esses vegetais fincam suas raízes.

Mesmo assim, vários manguezais foram destruídos para dar lugar a salinas ou a cidades em seu processo de crescimento.


A FLORESTA DAS SERRAS – formada por vegetais de grande porte, desenvolve-se no Rio Grande do Norte nas partes mais altas (Serra João do Vale, Santana, Martins, São Miguel/Luis Gomes).

A exemplo de outros tipos de vegetais, também encontra-se bastante afetada pelas derrubadas e queimadas prejudicando o ecossistema.




A FLORESTA CILIAR DE CARNAÚBA – essa formação vegetal ocorre nas várzeas dos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu, formada da palmeira carnaúba. Esse tipo de vegetação que se adapta aos solos salinos das várzeas, ocorre em nosso Estado principalmente nas várzeas desses rios. Essas matas de carnaúba também estão sendo destruídas ou para extração de madeira ou para o aproveitamento da área de produção do sal – as salinas.


A VEGETAÇÃO DAS PRAIAS E DUNAS – nas praias vamos encontrar uma vegetação rasteira, resistente às condições de salinidade dos solos dessas áreas. As plantas mais conhecidas são o bredo de praia e a salsa de praia. À medida que se afasta da praia, subindo as dunas, a vegetação aumenta de tamanho, aparecendo arbustos que às vezes formam matas fechadas ou de pouca densidade.

Fonte: Altas Escolar do Rio Grande do Norte  - José Lacerda Alves Felipe / Edilson Alves de Carvalho.

domingo, 9 de novembro de 2014

Relevo do RN


Os terrenos encontrados na superfície da Terra tornam diversas formas, que se modificam ao longo do tempo pela ação dos elementos da natureza (os ventos, as chuvas, os rios) e pela ação dos seres vivos: homens e animais. Essas formas encontradas na superfície terrestre são chamadas no seu conjunto de RELEVO.

No Rio Grande do Norte, as principais formas de relevo são representadas pelas Planícies Costeiras, Planícies Fluviais, Tabuleiros Costeiros, Depressão Sertaneja e Chapada do Apodi. 

PLANÍCIE COSTEIRA – formada por praias que têm como limites, de um lado, o mar, e, do outro, os tabuleiros costeiros, estende-se por todo o litoral. Esses terrenos planos soa alterados em suas formas pela presença de dunas, que chegam até aos 80 metros de altura, como é o caso das dunas de Natal. Neste tipo de relevo vamos encontrar as praias famosas do nosso litoral, como: Ponta Negra, Pirangi, Genipabu, Jacumã, Redinha, Maracajaú, Rio do Fogo, São Miguel do Gostoso, Cajueiro, Pipa, Galinhos, Calçara e Tibau.

PLANÍCIES FLUVIAIS – terrenos baixos e planos situados nos lados dos rios. Podem também ser chamados de vales, (Vale do Rio do Ceará-Mirim, Vale do Açu) e de Várzea, inundados nas enchentes de alguns de nossos rios, como: Piranhas-Açu, Apodi-Mossoró, Ceará-Mirim, Potengi, Trairi, Jacu e Curimataú. 

• Nas várzeas desses rios, próximo a desembocadura, vamos encontrar, nas áreas inundadas pelas marés, a vegetação de mangue.

TABULEIROS COSTEIROS – relevos planos e de baixa altitude, também denominados planaltos rebaixados, formados basicamente por argilas (barro), geralmente de cor amarelo-avermelhada, localizam-se próximo ao litoral, às vezes chegando até o mar, como é o caso de Barra de Tabatinga, no município de Nísia Floresta, e de Pipa, em Tibau do Sul.

DEPRESSÃO SUBLITORÂNEA – terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior altitude. No nosso Estado essa depressão ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da Borborema.

PLANALTO DA BORBOREMA – terrenos antigos, formados pelas rochas Pré-Cambrianas como o granito, que se estendem por terras do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. É nessa forma de relevo que vamos encontrar as serras e picos mais altos do nosso Estado. 

DEPRESSÃO SERTANEJA – terrenos baixos situados entre as partes altas do Planalto da Borborema e da Chapada do Apodi.

CHAPADA DO APODI – terras planas ligeiramente elevadas, formadas por terrenos sedimentares, cortados pelos Rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu.

CHAPADA DA SERRA VERDE – Formada por terrenos planos, ligeiramente elevados, localiza-se entre os Tabuleiros Costeiros de geologia sedimentar e o relevo residual do chamado “Sertão de Pedras’’ de geologia cristalina. Abrange as terras dos municípios de: João Câmara, Jandaíra, Pedra Preta, Pedro Avelino e Parazinho

Fonte: Altas Escolar do Rio Grande do Norte  - José Lacerda Alves Felipe / Edilson Alves de Carvalho.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Ocupação e povoamento do RN


Os primeiros habitantes desse espaço, ou lugar, hoje chamado Rio Grande do Norte, foram os índios, que viviam em harmonia com o ambiente natural, sem ocasionar grandes modificações no meio ambiente, retirando da natureza apenas o necessário à sua sobrevivência.

No litoral viviam os POTIGUARAS e no interior viviam os índios das Tribos PAIACUS, CABORÉS, PEGAS E JANDUÍS, originados das Nações indígenas chamadas CARIRIS e TARAIRUS. Com a chegada dos portugueses, e depois por guerras ou por doenças, se inicia o processo de desaparecimento desses povos indígenas. Uma dessas guerras, que durou de 1687 a 1697, foi chamada de guerra dos “BÁRBAROS’’, quando os índios foram derrotados e mortos; os que sobreviveram foram privados de sua liberdade, de sua religião e dos seus costumes, passando a viver em aldeias sob a proteção de religiosos (padres), vindo a perder, por fim, as suas terras e suas identidades.

A formação do território desse lugar hoje chamado Rio Grande do Norte se dá de forma mais concreta com o desenvolvimento de atividades econômicas, principalmente o cultivo e a industrialização da cana-de-açúcar nos engenhos próximos ao litoral sul, onde as chuvas são mais abundantes, e também com a criação de animais ou pecuária, principalmente a criação de gado nas fazendas do interior do Estado, também chamado de sertão. .
Assim as primeiras vilas povoadas, no litoral sul, nas proximidades dos engenhos de açúcar, e, no sertão, nas imediações sãs fazendas de gado. Muitas cidades do nosso Estado se formaram a partir dessas vilas e povoados, locais de moradia das pessoas que trabalhavam nos engenhos de açúcar e nas fazendas de gado.

O primeiro marco dessa ocupação no Rio Grande do Norte vai ocorrer quase cem anos depois do descobrimento do Brasil e antes da Guerra dos Bárbaros, quando no final do ano de 1598, inicia-se a construção do FORTE DOS REIS MAGOS, que posteriormente vai representar um importante apoio para as tropas portuguesas na conquista do Ceará e do Maranhão.

Fonte: Altas Escolar do Rio Grande do Norte  - José Lacerda Alves Felipe / Edilson Alves de Carvalho.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O interesse holandês na Capitania do Rio Grande

 

Quando os holandeses decidiram invadir a Capitania do Rio Grande, estavam interessados no gado que lá havia, porque esse era necessário para abastecer de alimento as tropas holandesas que estavam em Pernambuco.

Eles também temiam que as tropas portuguesas utilizassem a Capitania do Rio Grande como entrada para chegar até Pernambuco, pela sua localização geográfica estratégica. Portanto, tomar essa Capitania era também garantir a permanência holandesa na Capitania de Pernambuco.
Os holandeses não estavam interessados em desenvolver a Capitania do Rio Grande. Também não estavam interessados em manter vivos os portugueses e nem os índios. Convenciam e atiçavam os índios Janduís a lutarem contra os portugueses e poupavam as suas tropas. Enquanto índios e portugueses morriam, eles ficavam mais fortes, pois não existiam baixas significativas nas tropas holandesas.

Acompanhadas dos Janduís, liderados por Marcial e Jacob Rabbi, as tropas holandesas passaram a atacar diversos povoados, principalmente Cunhaú, Uruaçu e Ferreiro Torto.
Jacob Rabbi era alemão, mas estava na Capitania do Rio Grande a mando do governo holandês. Era pago para prestar serviços à Holanda, fazendo alianças e liderando os Janduís, pondo-os, portanto, contra os portugueses.

Para conseguir a simpatia e confiança das tribos, Rabbi viveu entre os Janduís como um deles.  Casou com uma índia chamada Domingas, tornando-se parente e líder dos Janduís. Escreveu relatos sobre a cultura indígena e sobre a geografia da Capitania do Rio Grande.

Rabbi era considerado um homem astuto e inteligente. Falava alemão, holandês, português, tupi e tarairiú. Entretanto, pelos massacres que comandou foi considerado violento e tirano.
Após comandar os assaltos aos povoados e os massacres da população, Rabbi recolhia os bens das residências, dos engenhos e confiscava as terras. Dessa forma tornou-se rico, temido e respeitado, mas também construiu grandes inimizades.

Fonte: Rio Grande do Norte: História, Cultura e Identidade - Marlúcia Galvão Brandão. Curitiba: Base Editora, 2008

Holandeses na Capitania do Rio Grande


Em junho de 1625, cumprido missão para o governo holandês, o capitão Uzeel aproximou-se das terras de Cunhaú e fez um relatório do que viu. Ao retornar à Holanda, levou índios para aculturar.

O relatório serviu para planejar o futuro ataque à Capitania do Rio Grande, e os índios depois de aculturados, seriam aliados e intérpretes.

Em 1630, a Holanda enviou Adriano Verdock para observar, mapear e relatar tudo sobre a Capitania do Rio Grande. O objetivo dessa missão era utilizar as informações para planejar estrategicamente a invasão.

O relatório feito por Verdock detalhava aspectos da Capitania do Rio Grande, chamando a atenção para as riquezas. Indicava as lavouras de cana-de-açúcar, as sesmarias de criação de gado que eram bastantes significativas, a abundância de sal no litoral, a pesca farta e os principais produtos agrícolas.

O engenho de Cunhaú chamou a atenção de Verdock, pois era o centro econômico da capitania onde era desenvolvida a lavoura de cana-de-açúcar, além da criação de muito gado.

Em Cunhaú, moravam 70 homens com suas respectivas famílias.

Entre outras observações importantes, no relatório, constava ainda que em Natal havia, em média 40 casas de palha e de barro, destacando que a população masculina era de ,no máximo, 130 homens.

No ano de 1631, o Conselho Político do Brasil Holandês, em Recife, recebeu a visita de um índio chamado Marcial, representante Cariri, índios do interior da Capitania do Rio Grande. Em nome dos chefes indígenas, Janduís e seu irmão Oquenoçu, Marcial ofereceu a amizade e aliança das tribos ara colaborar na invasão à Capitania do Rio Grande.


Em companhia de Marcial, uma embarcação fez uma inspeção próximo à Fortaleza dos Reis Magos.

Ainda neste mesmo ano (1631), a Fortaleza dos Reis Magos sofreu uma tentativa de invasão por uma esquadra de 14 navios holandeses. O comandante Cipriano Pita Porto e tropas defenderam-na impedindo a investida de invasão.

Os holandeses recuaram, mas não desistiram. Comandados pro Mathias Van Ceulen, voltaram em 1633 mais equipados e trazendo 808 homens armados.

O capitão-mor Pedro Mendes de Gouveia foi ferido. Os holandeses venceram e tomaram posse da Fortaleza dos Reis Magos.

Fonte: Rio Grande do Norte: História, Cultura e Identidade - Marlúcia Galvão Brandão. Curitiba: Base Editora, 2008.