terça-feira, 24 de março de 2020

Apodi é reconhecido como capital estadual da água mineral


A governadora Fátima Bezerra aprovou na segunda-feira (23) a lei nº 10.710, de 23 de março de 2020, que reconhece o município de Apodi, no Oeste potiguar, como a Capital da Água Mineral do Rio Grande do Norte.

A lei é de autoria do deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade). O município de Apodi é grande exportador de água mineral, além do petróleo e do calcário.

A água é explorada em piscinas naturais termais e é vendida para abastecimento. Centenas de carros-pipa saem de Apodi para levar água a 40 cidades do Oeste potiguar e também de outros estados.

Lei Nº 10.710/2020: Reconhece o Município de Apodi como a Capital da Água Mineral no Estado do Rio Grande do Norte


RIO GRANDE DO NORTE 

LEI Nº 10.710, DE 23 DE MARÇO DE 2020.

Reconhece o Município de Apodi como a Capital da Água Mineral no Estado do Rio Grande do Norte. 

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: 

FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica reconhecido o Município de Apodi como a Capital da Água Mineral no Estado do Rio Grande do Norte. 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 23 de março de 2020, 199º da Independência e 132º da República. 

FÁTIMA BEZERRA
 Governadora

Sancionada lei que reconhece Apodi como Capital Estadual da Água Mineral



A Lei Nº 10.710 reconhece Apodi como a Capital Estadual da Água Mineral. A matéria é de autoria do Deputado Estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) e foi sancionada pelo Governo do Rio Grande do Norte e publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (24).

De acordo com o deputado estadual, o projeto de lei foi proposto com o intuito de valorizar e reconhecer as potencialidades do município no diz que respeito à água mineral.

“Apodi é conhecida e reconhecida não só no Rio Grande do Norte, mas também em outros estados, pelo fornecimento de água mineral. Ficamos felizes em dar nossa contribuição fazendo com que a cidade obtivesse esse reconhecimento de forma oficial”, destacou Allyson.

Veja a Lei na íntegra AQUI

sábado, 21 de março de 2020

Prefeitos do RN eleitos em 1948


Prefeitos do Estado do Rio Grande do Norte, eleitos no pleito municipal de 21 de março de 1948:

MACAÍBA:
Prefeito: Luiz Curcio Marinho(PSD) - 1.834 votos
Vice: Magno da Fonseca Tinôco(PSD) - 1.835 votos

SÃO PAULO DO POTENGI: 
Prefeito. Francisco Cabral da Silva(UDN) - 985 votos
Vice: João Marques de Araújo(UDN) - 965 votos

CEARÁ-MIRIM: 
Prefeito: Manoel Pereira dos Santos(PSD) -  1.160 votos
Vice: Vital de Oliveira Correia(PSD) - 1.184 votos

TOUROS: 
Prefeito: Artur Costa e Silva(PSD) - 578  votos
Vice: Severino Rodrigues Santiago(PSD) - 582 votos

SÃO JOSÉ DE MIPIBÚ: 
Prefeito: Pedro Juvenal Teixeira de Carvalho(UDN) - 783  votos
Vice: Julio Ferreira da Silva(UDN) - 823 votos

*PAPARI(atual Nísia Floresta):
Prefeito: Sandoval Ribeiro Dantas(PSD) - 297 votos
Vice: Américo de Carvalho(PSD) - 292 votos

GOIANINHA: 
Prefeito: Odilon Ernesto Barbalho(PSD) - 1.050 votos
Vice: Raimundo Lopes Galvão(PSD) - 1.039 votos

ARÊS: 
Prefeito: Adauto Ferreira da Rocha - 438 votos
Vice: Napoleão de Carvalho Agra - 291 votos

CANGUARETAMA: 

Prefeito: José de Carvalho e Silva - 762 votos
Vice: Gilberto Lins Gomes - 708 votos

PEDRO VELHO:
Prefeito: Adauto Fernandes de Azevedo(PSD) - 613 votos
Vice: José Coelho de Azevedo(PSD) - 621 votos

*BAIXA VERDE(atual João Câmara):
Prefeito: Francisco de Assis Bitencourt(PSD) - 1.269 votos
Vice: João Rabelo Tôrres(PSD) - 1.218 votos

TAIPÚ:

Prefeito: Luiz Gomes da Costa(PSD) - 560 votos
Vice: Adão Marcelo da Rocha(PSD) - 538 votos

NOVA CRUZ:
Prefeito: Lauro Arruda Câmara(PSD) - 1.796 votos
Vice: Adauto Carvalho(PTB) - 1.764 votos

*PADRE MIGUELINHO(atual Santo Antônio):
Prefeito: José Lúcio Ribeiro(PSD) - 742 votos
Vice: Boanerges de Azevedo Barbalho(PSD) - 737 votos

SANTA CRUZ:
Prefeito: Dr. Jácio Luiz Bezerra Fiúza(PSD) - 1.546 votos
Vice: Raul Bastos(PSD) - 1.514 votos

SÃO TOMÉ:

Prefeito: Francisco Leonis Gomes de Assis(UDN) - 1.833 votos
Vice: Antonio Pereira de Araújo(UDN) - 1.826 votos

*ITARETAMA(atual Lajes):
Prefeito: Paulo Teixeira de Vasconcelos - 1.490 votos
Vice: Francisco da Costa Alecrim - 1.428 votos

ANGICOS:

Prefeito: Francisco Torres Peres(PSD) - 1.389 votos
Vice: José Gabriel Avelino(PSD) - 1.351 votos

CURRAIS NOVOS:
Prefeito: Silvio Bezerra de Melo - 2.153 votos
Vice: Vivaldo Pereira de Araújo - 1.526 votos

FLORÂNIA:
Prefeito: Possidonia Silva de Medeiros(PSD) - 745 votos
Vice: Joaquim Araújo Filho(PSD) - 721 votos

ACARI:
Prefeito: Jose Vinicio Dantas - 994 votos
Vice: Satiro Bezerra de Araújo Galvão - 878 votos

JARDIM DO SERIDÓ:
Prefeito: João Villar da Cunha(UDN) - 1.946 votos
Vice: Joaquim Alves da Silva(UDN) - 1.918 votos

PARÊLHAS:
Prefeito: Ovidio Pereira Dantas(UDN) - 1.396 votos
Vice: José Floripes Ginane(UDN) - 1.306 votos

CAICÓ:

Prefeito: Aldo Medeiros(UDN) - 2.899 votos
Vice: Valdemar Alves da Nóbrega(UDN) - 2.863 votos

JUCURUTÚ:
Prefeito: Januncio Afonso de Medeiros(PSD) - 380 votos
Vice: João Eufrasio de Medeiros(UDN) - 472 votos

SERRA NEGRA DO NORTE:
Prefeito: Clementino Bezerra de Farias(UDN) - 915 votos
Vice: Elviro Lins Medeiros(UDN) - 873 votos

SANTANA DO MATOS:
Prefeito: Aristófanes Fernandes e Silva(UDN) - 2.192 votos
Vice: José Félix de André(UDN) - 2.191 votos

MACAU:
Prefeito: Albino Gonçalves de Melo(PSD) - 1.334 votos
Vice: Horacio de Oliveira Neto(PSD) - 1.328 votos

ASSÚ:
Prefeito: Brl. Edgar Borges Montenegro(PSD) - 2.160 votos
Vice: Minervino Vanderlei(PSD) - 2.139 votos

*AUGUSTO SEVERO(atual Campo Grande):
Prefeito: Pompeu Jácome(PSD) - 1.031 votos
Vice: Luiz de França Tito Jácome(PSD) - 1.026 votos

MOSSORÓ:
Prefeito: Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia(UDN-PSP) - 4.427 votos
Vice: Jorge de Albuquerque Pinto(UDN-PSP) - 4.328 votos

AREIA BRANCA:
Prefeito: José Justiniano Solon(UDN-PSP) - 1.392 votos
Vice: Luiz Batista da Costa(UDN-PSP) - 1.400 votos

CARAÚBAS:
Prefeito: Leovegildo Fernandes Pimenta(PSD) - 926 votos
Vice: Jacob Pires Galvão(UDN) - 745 votos

PATÚ:
Prefeito: Felinto de Paiva Gadelha - 1.360 votos
Vice: Julio Fernandes da Costa - 1.171 votos

APODI:
Prefeito: Francisco Holanda Cavalcante(PSD) - 1.183 votos
Vice: Antônio Lopes Filho(PSD) - 1.182 votos

MARTINS:
Prefeito: Jocelin Vilar de Mêlo(UDN) - 2.407 votos
Vice: Emidio Fernandes de Carvalho(UDN) - 2.393 votos

PORTALEGRE:
Prefeito: Vicente do Rêgo Filho(UDN) - 802 votos
Vice: Antônio Epifânio Ribeiro(UDN) - 801 votos

PAU DOS FERROS:
Prefeito: Licurgo Ferreira Nunes(PSD) - 1.505 votos
Vice: Francisco Torquato do Rêgo(PSD) - 1.519 votos

ALEXANDRIA:

Prefeito: Manoel Vieira de Freitas(PSD) - 1.308 votos
Vice: José Patrício Neto(PSD) - 1.350 votos

SÃO MIGUEL:
Prefeito: Eziquio Fernandes de Sá(PSD) - 1.334 votos
Vice: João Pessoa de Amorim(PSD) - 1.318 votos

LUIZ GOMES:

Prefeito: Francisco de Oliveira Fontes(PSD) - 959 votos
Vice: Alexandre Fernandes(PSD) - 941 votos

Total de prefeitos eleitos no Estado: 41

OBS: Na capital, Natal, o prefeito era nomeado pelo Governador do Estado.

FONTE: Dados do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte - TRE/RN

*Pesquisa: Francisco Veríssimo - Portal Fatos do RN

terça-feira, 17 de março de 2020

Lei Nº 10.707/2020: Denomina “Rodovia Militana Salustino do Nascimento” a RN-160, na extensão que liga a BR-101, no Município de Natal, à BR-304, no Município de Macaíba.


RIO GRANDE DO NORTE 

LEI Nº 10.707, DE 16 DE MARÇO DE 2020.

Denomina “Rodovia Militana Salustino do Nascimento” a RN-160, na extensão que liga a BR-101, no Município de Natal, à BR-304, no Município de Macaíba. 

A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: 

FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º Fica denominada “Rodovia Militana Salustino do Nascimento” a RN-160, na extensão que liga a BR-101, no Município de Natal, à BR-304, no Município de Macaíba. 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Palácio de Despachos de Lagoa Nova, em Natal/RN, 16 de março de 2020, 199º da Independência e 132º da República. 

FÁTIMA BEZERRA
 Governadora

sábado, 7 de março de 2020

A esposa de Jesuíno Brilhante

Capa do Livro 'Jesuino Brilhante: O cangaceiro romântico', de Raimundo Nonato. 

Dona Maria era a esposa legítima de um pacato lavrador e vaqueiro que trazia o nome de Jesuíno Alves de Melo Calado. 

Isto até a idade de vinte e sete anos, quando tornou-se conhecido como Jesuíno Brilhante. 
Estas informações vamos encontrá-las num trabalho do escritor Raimundo Nonato. Seu livro “Jesuíno Brilhante, o cangaceiro romântico”, é mais um elo na corrente da história do cangaço.

O casal tinha quatro filhas e um filho, o caçula. 

No ano de 1871, o destino resolveu terminar com a vida pacífica do jovem pai de família. 
O furto de um caprino, propriedade da gente de Jesuíno, por um membro da família dos Limões, pretos valentes e famosos por seus atrevimentos, deu inicio a uma sequência de lutas e mortes. 
Um irmão de Jesuíno foi agredido, dentro da vila de Patu, uns dias depois do furto por Honorato Limão, que ficou vangloriando-se do sucedido dentro da humildade em que ocorrera o episódio.

Alguém avisou Jesuíno do que acontecia; estava em uma casa bastante próxima.
Honorato falava alto para que todos ouvissem e Jesuíno escutava calado. 
Sua mulher em dado momento, chamou-lhe a atenção com as seguintes palavras: (segundo Raimundo Nonato): “Quem ouve tanto desaforo deve ter perdido a vergonha”. 
Essas palavras, ditas a queima-roupa, pela mulher, mexeram com seu brio de sertanejo. 
Armou-se. 
Entrou na venda e matou o preto Limão a punhal. 
Estava iniciada a guerra entre os dois clãs.
Sua vida foi cheia de lances marcantes. 
Ordenou vários casamentos, como quando o noivo depois de seduzir a jovem negava-se a reparar o mal, ele intervinha a favor da desprotegida. 

Contam ainda quem que, certa vez uma pobre mulher disse-lhe que um valentão da região, sabendo que o marido da mesma estava ausente dissera que viria dormir com ela nessa noite. 
Jesuíno teria ficado dentro da casa, no quatro e este, ao ser invadido pelo malfeitor, foi palco da luta, pois o cangaceiro armado de punhal já aguardava o atrevido que foi crivado de pontaços. 
Salvou a honra da honesta sertaneja. 
Não teve dúvida em matar um de seus melhores homens quando este movido pela força irrefreável do sexo tentou abusar de uma donzela colocada sobre a proteção do cangaceiro zeloso das questões morais. 
Em ocasiões em que a polícia ou outros inimigos o atacavam, procurava refúgio na Casa de Pedra, esconderijo da serra do Cajueiro, onde em tempos anteriores seu tio José Brilhante buscava também abrigo e enfrentava as volantes. 
O sobrinho seguiu-lhe os passos.
Sua família, a esposa Maia e os filhos acompanhavam-no, bem como seus comandados em números que não ultrapassava a uma dúzia, e escondiam-se ali na Casa de Pedra. 
Esse grupo atuava no Rio Grande do Norte e Parayba, lutava cantando como o fizera durante o combate na cidade de Imperatriz(atualmente denominada Martins) a mora da Corujinha. 

“Corujinha que anda na rua
Não anda de dia
Só anda de noite
Às Ave Maria...”

Ou esta outra estrofe que cantavam enquanto carregavam e disparavam os terríveis e mortíferos bacamartes: 

“Corujinha que vida é a tua? 
Bebendo cachaça, caindo na rua
Isto é bom, corujinha!
Isto é bom!”...

Interessante, e aqui vamos fazer um reparo para marcamos bem o fato. quase todo cangaceiro tinha como um ponto de honra máxima, na vida guerreira, não ser preso jamais. 
Morrer, ficar aos pedaços, tudo isso era uma possibilidade bastante presente para quem escolhia o cangaço. 
Segundo Câmara Cascudo, seu pai ao perseguir o cangaceiro Rio Preto ouvia-o cantar assim: 

“Rio Preto foi quem disse
E como disse não nega;
Leva bala e leva chumbo, 
Morre solto e não se entrega...”

Já do famoso Antônio Silvino, os cantadores afirmam que seria esta a opinião. Exaltando a morte do pai teria se externado desta forma: 

“Foi morto a tiros lutando
Na rua dum povoado
Vimos ele cair morto
No mais doloroso estado
Porém, tivemos a glória
De o não ver desfeitado”.

Não ser preso era o que importava. A morte, para quem se defendia das grades da prisão, era uma medalha honrosa, motivo de orgulho para os descendentes. 
Curiosamente esse cangaceiro foi obrigado, em virtude de grave ferimento, a entregar-se

“Num recado que mandei
Aonde a polícia estava
Eu pedia garantia
Dizendo que me entregava,
Mesmo porque - estava certo 
Daquela não escapava”.

Mas voltemos a Jesuíno Brilhante, este sim, seguiu a conduta tradicional dos antigos cangaceiros – tombou no campo da luta.
Sua esposa, Maia, findou casando-se com um dos cabras do falecido. 

Fonte: Lampião: As mulheres e o cangaço - Antonio Amaury Corrêa de Araújo