Devoções religiosas populares, cultos funerários, memórias e narrativas são alguns dos assuntos debatidos no livro Santos feitos à mão: devoções religiosas populares em cemitérios no Rio Grande do Norte. A obra é fruto da revisão da tese de doutorado defendida no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ), em 2006, pela professora Eliane Tânia Freitas, do Programa de Pós-Graduação de Antropologia Social (PPGAS/UFRN) do Departamento de Antropologia (DAN/UFRN).
Com o objetivo de apresentar uma análise dos ritos e relatos orais constitutivos do universo de devoções populares utilizando personagens associadas ao mundo do crime ou do banditismo no estado do Rio Grande do Norte, o livro retrata a história de José Leite de Santana, o cangaceiro Jararaca, e João Baracho, que ficou conhecido em Natal como o “matador de motoristas”, entre 1959 e 1962.
No dia de finados, os cemitérios ficam cheios de entes queridos que visitam os seus familiares ou amigos. Inclusive, em Natal e Mossoró, os túmulos do cangaceiro e do matador são frequentados por inúmeros visitantes, alguns dos quais se apresentam como seus devotos.
E é nesta devoção que se estabeleceu o objeto de pesquisa desta obra. Os devotos são fiéis nas histórias, divulgam os fatos que teriam levado às mortes trágicas de Jararaca e João Baracho e ainda os consideram como operadores de milagres.
Ainda que essa devoção tenha semelhança com a dos santos, eles não são chamados assim, nem pelos seus devotos, mas recebem ritual análogo aos santos católicos. E foi devido a isso que a professora resolveu estudar tal devoção, analisando as histórias das personagens para explicar o porquê de eles serem tratados como santos.
O download está disponível, gratuitamente, no endereço: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33394
*Portal da UFRN.
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