domingo, 29 de agosto de 2021

O brasão de armas do Rio Grande do Norte


Um dos símbolos do Rio Grande do Norte, o brasão de armas faz parte de uma tradição que remonta aos tempos medievais, onde representa famílias ou localidades. O artigo 12 da Constituição Estadual de 1989 institui o brasão de armas do Rio Grande do Norte como um símbolo que além de identificar o patrimônio estadual, imprime autenticidade e solenidade aos ato do governo. Para os potiguares, o brasão tem visual familiar e faz parte da identidade do povo, carregando simbologia, identidade cultural, consciência cívica e afeto pela terra.

O artista Corbiniano da Silva Villaça, natural de Belém do Pará, foi o responsável pelo projeto do desenho do brasão, aprovado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e oficializado pelo Decreto nº 201, de 1º de julho de 1909, na gestão do então governador Alberto Maranhão. Villaça, que estudou e residiu na França, tinha uma boa relação com Alberto Maranhão, que era um admirador e incentivador das artes, além de sócio do Instituto. Ele confiou a Villaça alguns trabalhos, como os desenhos do busto de Pedro Velho (1909) e da estátua de Augusto Severo (1913), ambos irmãos do artista, que deixou a execução das obras a cargo de Edmond Badoche, seu amigo francês.

Sobre a arte do brasão, citamos André Felipe Pignataro, Diretor de Biblioteca, Arquivo e Museu do IHGRN: "é inegável a inspiração de Villaça no brasão imperial, a exemplo do escudo inglês (com as laterais retas), ladeado por um ramo de café, à esquerda, e por um ramo de tabaco, à direita, ambos unidos, na parte inferior, por um laço nas cores nacionais (verde e amarelo)." Com 112 anos de sua história, o brasão de armas do Rio Grande do Norte é uma bela e importante obra, símbolo de uma terra rica e amada por seus filhos.

FONTE: IHGRN

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