quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Museu Câmara Cascudo e Ludovicus celebram 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore


Do Portal da UFRN

No dia 22 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Folclore e, para celebrar a data, o Museu Câmara Cascudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo propõem uma homenagem aos 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore com uma mesa redonda intitulada “Ciência do povo, saber popular: 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore”, através do MCC Virtual – no youtube e facebook, na sexta-feira, 20 de agosto, a partir das 19h30.

O evento terá mediação do professor Luiz Assunção (UFRN) e contará com a participação do professor Francisco Firmino Sales Neto (UFCG) e de Daliana Cascudo, diretora do Ludovicus. Juntos, os convidados vão debater a importância da Sociedade Brasileira de Folclore para o estabelecimento do pensamento social sobre os saberes do povo do Rio Grande do Norte.

Arte de divulgação da live realizada pelo Museu Câmara Cascudo

Fundada por Luís da Câmara Cascudo em 30 de abril de 1941, a Sociedade Brasileira de Folclore reuniu grandes nomes de estudiosos da cultura popular no RN, como Veríssimo de Melo, Hélio Galvão, Oswaldo Lamartine e Deífilo Gurgel, que tiveram participação ativa no processo de consolidação dos estudos folclóricos no Brasil, formando o Movimento Folclórico Brasileiro, entre os anos 1940 e 1950.

As obras destes grandes escritores deram origem à difusão da cultura folclórica e abriram margem para que as manifestações populares ganhassem espaço nas bibliotecas, nas casas e nas escolas. Além do mais, a Sociedade estimulou o desenvolvimento de outros pensadores e de ações em prol da cultura, rivalizando com outras instâncias voltadas à promoção da cultura do povo, como a Comissão Nacional de Folclore, criada em 1947, no Rio de Janeiro; e a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, criada em 1958.

Assim, ao longo de toda a década de 40 a Sociedade reuniu um número considerável de estudiosos, entre antropólogos, etnógrafos, historiadores, memorialistas, jornalistas e políticos. Uma centena de brasileiros e especialistas de outros 26 países fizeram parte do quadro de sócios. Nomes grandiosos tais quais Mário de Andrade, no Brasil; Frans Boas, nos Estados Unidos; Antonio Castillo de Lucas, na Espanha; e Antonio Ferro em Portugal.

Dentre as maiores ações desenvolvidas pelos membros, lembramos a indicação de Câmara Cascudo para Conselheiro no Brasil da Comissão Internacional de Artes e Tradições da UNESCO, no ano de 1947. Outra grande ação foi a publicação dos primeiros livros de Veríssimo de Melo na coleção Biblioteca da Sociedade Brasileira de Folclore.

A Sociedade Brasileira de Folclore deixou de existir no início da década de 1960, quando surgiu o Instituto de Antropologia do Rio Grande do Norte, que hoje é o Museu Câmara Cascudo. Apesar de os estudos em torno do folclore terem perdido espaço durante um determinado período de tempo, a cultura e a história popular do Rio Grande do Norte continuam sendo preservadas através do MCC e de outras instituições culturais, como o Instituto Câmara Cascudo, que abriga o valoroso acervo do grande escritor e folclorista potiguar que nomeia as duas instituições.

A mesa redonda será transmitida pelos canais do MCC no Youtube e Facebook. Os interessados em receber certificados, devem realizar as inscrições na página do evento no Sigaa.

Para Não esquecer

Semana do Folclore: Museu Câmara Cascudo e Ludovicus celebram os 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore

Sexta, 20, 19h30

A participação é aberta nas redes sociais


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