Nascida no sítio Floresta, em Papari, hoje Nísia Floresta (RN), em 12 de outubro de 1810, NÍSIA FLORESTA BRASILEIRA AUGUSTA, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, publicou livros em português, francês e italiano e residiu por quase trinta anos na Europa.
Ao publicar em 1832, aos 22 anos de idade, o livro DIREITO DAS MULHERES E JUSTIÇA DOS HOMENS, torna-se a PRIMEIRA FEMINISTA BRASILEIRA. De inquestionável valor para a luta das mulheres por seus direitos, esse livro levanta ainda hoje severas polêmicas. Nísia apresentou o livro como uma “tradução livre” da obra da escritora britânica Mary Wollstonecraft, porém pesquisas apontam para outros autores.
Felizmente, essas polêmicas não maculam o brilho e o valor dessa mulher muito adiante de seu tempo. Ela foi, certamente, uma das primeiras mulheres no Brasil a publicar textos em jornais, deixando inúmeras colaborações em jornais de Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Lisboa, Florença e Paris. Sempre defendendo a tese de que o progresso de uma sociedade depende da educação oferecida à mulher, Nísia escreveu inúmeros livros, nos quais destacou a importância da educação feminina para a formação moral e intelectual da mulher.
Entre esses livros, destacamos CONSELHOS À MINHA FILHA, OPÚSCULO HUMANITÁRIO e A MULHER. No livro A LÁGRIMA DE UM CAETÉ, Nísia também se mostra sensível a outra minoria: o indígena brasileiro. Nesse poema, ela mostra o indígena vencido e inconformado com a opressão de sua raça pelo branco invasor. Amiga de escritores como George Sand e Victor Hugo, a escritora esteve sempre envolvida nos debates políticos, sociais e literários de sua época, revelando-se defensora dos ideais abolicionistas e republicanos.
Autora de quase vinte livros, é a patrona da Cadeira nº 2 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Em 24 de abril de 1885, Nísia Floresta morreu em Rouen, no interior da França.
Fonte: EDUFRN
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