quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Conhecendo a literatura potiguar: Nísia Floresta

Nascida no sítio Floresta, em Papari, hoje Nísia Floresta (RN), em 12 de outubro de 1810, NÍSIA FLORESTA BRASILEIRA AUGUSTA, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, publicou livros em português, francês e italiano e residiu por quase trinta anos na Europa.

Ao publicar em 1832, aos 22 anos de idade, o livro DIREITO DAS MULHERES E JUSTIÇA DOS HOMENS, torna-se a PRIMEIRA FEMINISTA BRASILEIRA. De inquestionável valor para a luta das mulheres por seus direitos, esse livro levanta ainda hoje severas polêmicas. Nísia apresentou o livro como uma “tradução livre” da obra da escritora britânica Mary Wollstonecraft, porém pesquisas apontam para outros autores. 

Felizmente, essas polêmicas não maculam o brilho e o valor dessa mulher muito adiante de seu tempo. Ela foi, certamente, uma das primeiras mulheres no Brasil a publicar textos em jornais, deixando inúmeras colaborações em jornais de Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Lisboa, Florença e Paris. Sempre defendendo a tese de que o progresso de uma sociedade depende da educação oferecida à mulher, Nísia escreveu inúmeros livros, nos quais destacou a importância da educação feminina para a formação moral e intelectual da mulher. 

Entre esses livros, destacamos CONSELHOS À MINHA FILHA, OPÚSCULO HUMANITÁRIO e A MULHER. No livro A LÁGRIMA DE UM CAETÉ, Nísia também se mostra sensível a outra minoria: o indígena brasileiro. Nesse poema, ela mostra o indígena vencido e inconformado com a opressão de sua raça pelo branco invasor. Amiga de escritores como George Sand e Victor Hugo, a escritora esteve sempre envolvida nos debates políticos, sociais e literários de sua época, revelando-se defensora dos ideais abolicionistas e republicanos. 

Autora de quase vinte livros, é a patrona da Cadeira nº 2 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras. Em 24 de abril de 1885, Nísia Floresta morreu em Rouen, no interior da França.

Fonte: EDUFRN

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