quarta-feira, 19 de abril de 2017

Felipe Guerra: Subsídios históricos do Sítio Mulungu

Por Geraldo Fernandes 

Capela do Sítio Mulungu. Foto: Jotta Maria 

O Mulungu é uma das comunidades mais antigas do município de Felipe Guerra, sendo ela encravada dentro das datas do "Bom Sucesso". Os primeiros registros desta comunidade foram no dia 14 de janeiro de 1788, quando Domingos Fernandes de Sousa e Felix Antonio de Sousa recebiam uma concessão de Carta de datas e sesmaria passada pelo Capitão-Mór, José Barbosa Gouveia, dando-lhes trés léguas de terras de cumprido por uma de largura, começando no "Pau do Tapuio" e terminando estas terras do Bom Sucesso para parte do Jaguaribe já extremando com o Estado do Ceará. 

O nome Mulungu surgiu por conta da dita árvore, pois essas espécies de plantas chamadas popularmente de "Mulungu" ou "eritrina", era muito comum na nossa região. Ela encontrava-se facilmente em toda a chapada do Apodi. Seu tamanho pode variar muito, mas são árvores de médio à grande porte.

Uma das pessoas de maior destaque desta comunidade foi Elisa Ferreira de Freitas, para se ter uma ideia no ano de 1921, ela foi apontada pelo censo realizado através do Ministério da Indústria e Comércio, como sendo a primeira mulher a ser dona de todas as terras do Sítio Mulungu, uma das mais ricas da Ribeira do Apodi. Hoje essa comunidade é uma das mais próspera de nosso município,  haja visto que a mesma fica no meio da Br 405, com acesso para qualquer lugar do Brasil.  Uma das belezas daquela comunidade é o açude que fica no Riacho do Tapuio,  segundo estimativa, tal açude tem sua capacidade de armazenar 100 mil metros cúbicos de água. O açude foi construído em 1979, juntamente com a construção da Br 405. O padroeiro da vila  é São Francisco, e a capela foi construída no ano de 1962. 

Fonte: Censo do Ministério da Indústria e Comércio de 1921. 

Geraldo Fernandes é Historiador/Pesquisador, poeta e Membro da Academia Apodiense de Letras(AAPOL).

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