*Por Carlos Noronha
As atividades econômicas no Rio Grande do Norte são desenvolvidas em diversos setores, tais como: agricultura, extrativismo, pecuária, mineração, indústria, comércio e turismo.
Essas atividades participam historicamente da produção e organização sócio-econômica do Estado.
Cada região potiguar teve seu desenvolvimento aliado a um ramo da economia. No litoral úmido, a cana-de-açúcar; no Sertão, a pecuária e o cultivo do algodão; nos vales do rios Piranhas-Açu e do Apodi-Mossoró, o extrativismo vegetal ligado à carnaúba; além do sisal no Agreste. A agricultura de subsistência encontra-se disseminada por todo o território estadual.
Além disso, deve-se salientar a extração do sal-marinho no litoral norte, a extração da xelita em Currais Novos e o extrativismo do fruto da oiticica nas várzeas dos rios Piranhas-Açu e Apodi-Mossoró.
Tais atividades primárias implicaram no surgimento de indústrias para o beneficiamento das matérias-primas. Dessa forma, houve o aparecimento das algodoeiras, que retiravam a semente da pluma do algodão. O caroço do algodão era industrializado e transformado em óleo comestível e para ração animal. A pluma, em fardos, era exportada para outros centros industriais brasileiros e para o exterior.
A atividade canavieira trouxe os engenhos que transformavam a cana em açúcar, álcool, aguardente e rapadura.
A oiticica transformava-se em óleo para a fabricação de tintas e sabão. O sisal demandava pequenas fábricas para a produção de cordas e fios para sacarias. A cera de carnaúba, extraída da palha, era cozida até atingir o estado sólido e, então, exportada. O couro de animais, como bois, ovinos e caprinos, passava inicialmente pelos curtumes e, depois, exportado.
O sal, por seu turno, exigia industrialização, por intermédio das salinas. O sal em forma de cristais era moído e ensacado para chegar ao comércio e, posteriormente, às residências como conservante de carnes e peixes e como condimento.
Esse quadro caracterizou o Estado até a década de 1950. Com a chegada da energia produzida pela Hidrelétrica de Paulo Afonso (na Bahia), a criação da SUDENE (Superitendência do Desenvolvimento do Nordeste) e o novo impulso industrial no Sudeste, houve mudanças na maneira de produzir mercadorias. Sendo assim, a partir de 1960, o Rio Grande do Norte passa a receber novas indústrias e moderniza as então existentes.
A concentração das atividades econômicas mais dinâmicas em certas regiões como a Grande Natal e Mossoró, implica no empobrecimento de outras áreas, determinando o fenômeno migratório que implica no crescimento desenfreado em particular da capital e seu entorno.
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