quinta-feira, 26 de julho de 2018

Personalidades do RN: Dr. Nilo Júnior


NILO FERREIRA PINTO JÚNIOR nasceu na cidade de  Natal/RN em 14 de maio de 1967, porém toda a infância foi vivida na comunidade da Malhada Vermelha, no município de Severiano Melo/RN no convívio com os pais, Nilo Ferreira Pinto(ex-vereador de Itaú/RN) e Aretuza Barreto Pinto.

Nilo Júnior é neto paterno do casal Raimundo Ferreira e Raimunda Barra. É sobrinho do ex-prefeito e ex-vice-prefeito de Severiano Melo, Francisco Ferreira Sobrinho, vulgo Sobrinho Ferreira.

Foi alfabetizado pela professora Francisca Segunda de Oliveira (Dona Bebém), fez  o curso primário nas Escolas Reunidas de Malhada Vermelha e Severiano Melo. Em 1978 foi estudar a 5º série na Escola Zenon de Souza na cidade de Umarizal/RN e de 1979 a 1981, concluiu o primeiro grau no Ginásio 15 de Setembro (hoje a Escola José Porto de Queiroz) na cidade de Itaú/RN.

Em 1982 migrou para Natal onde concluiu o segundo grau no Colégio Marista em 1985. Em 1987 ingressou no Curso de Direito da UFRN, onde militou na política estudantil e no ano de 1989 foi eleito presidente do Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti. Concluiu o curso de Direito em 1991.1 e logo em seguida foi admitido no exame de ordem da OAB/RN no ano de 1992 e permanece advogando até hoje.

 Em 1993, retorna à UFRN para cursar graduação em Filosofia, concluíndo no ano de 2000.

Possui pós graduação em Direito Processual pela Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO/RJ e em Docência do Ensino Superior pela UNIFACEX/RN. É mestre em Direito pela UFRN à qual teve a dissertação de mestrado aprovada com distinção e louvor pela banca examinadora.

Ingressou na docência superior no ano de 2002 e permanece até hoje, tendo lecionado nas seguintes Instruções: Universidade Potiguar, UNI/RN, Faculdade Estácio de Sá, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, Universidade Federal do RN e Faculdade Maurício de Nassau/Natal.

Tem dois livros publicados pela editora Juruá de Curitiba/PR: Princípio da Congruência no Direito Processual Civil (2003 e edições posteriores) e Direito Eleitoral e Moralidade (2010). Além de publicações de artigos em diversas revistas de Direito e Filosofia.

Atuou como assessor jurídico nos municípios de Severiano Melo, Senador Georgino Avelino, Guamaré, Baía Formosa, Arez, Itaú, Pendências, Alto do Rodrigues e Taboleiro Grande.

Foi Juiz Eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral/RN, categoria Jurista, por dois mandatos de 2008 a 2012.

É casado com  Magna Célia Dantas Feitosa Ferreira, bacharela em Turismo e em Direito, itauense, filha de Francisco Dantas de Melo(Chico da Caatingueira) e Arlete Feitosa. Desse matrimônio nasceram os seguintes filhos: Têmis Sofia Dantas Ferreira,  nascida em 2002 e Davi Dantas Ferreira Pinto.


Portal Fatos do RN 

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Upanema: O bom povo do Poré

Capela de Santo Antônio, no Sítio "Poré", município Upanema/RN. Foto: Genario Feire

Em meados do século XIX e início do século XX vetustas e tradicionais famílias sertanejas fixaram-se nas solidões vastas e desoladoras da inóspita Ribeira do Panema. Traziam consigo uma rubrica com liames genealógicos pernambucanos e paraibanos, emblematizando nobreza e fidalguia. Venceram os obstáculos do ermo, atropelando dificuldades com a humildade dos grandes espíritos. Tinham a região do Assu como polo irradiador do povoamento interiorano da região do médio Oeste potiguar.

Esse desiderato histórico revela uma quantidade enorme de figuras humanas que deixaram marcas significantes dos seus rastros nas veredas do tempo. Foram fantásticos personagens , os quais nunca devemos permitir que desapareçam na poeira do tempo, existindo apenas em páginas amareladas de livros esquecidos por seus donos em estantes desconhecidas.

No contexto histórico do povoamento da antiga Ribeira do Panema sobressaem-se as tradicionais e honradas famílias Marques Bezerra, Freire de Amorim e Medeiros. Foram patriarcas que aportaram no sertão Upanemense trazendo consigo valores tradicionais que contribuíram decisivamente para a evolução social da gente que lhes antecederam no processo de ocupação do solo, numa região em fase de expansão.

As referências conceituais mais importantes atrelam-se às exponenciais figuras dos patriarcas Antonio Marques Bezerra, Manoel Bezerra de Medeiros (Né Bezerra) e os irmãos João Francisco Freire e Francisco Freire de Amorim.

A sucinta análise do pioneirismo desses nobres varões sertanejos nos remete ao exato sentido da vida, enfocando cenas, circunstâncias e ações dignificantes. Foram homens que deixaram um imenso legado de exemplos que nos ensinam que os valores tradicionais podem contribuir para a evolução do indivíduo e da sociedade.

O patriarca Antonio Marques Bezerra nasceu no ano de 1830 no sítio “Caiana”, município de Campo Grande-RN, filho legítimo de Francisco Bezerra de Jesus e de Luíza Maria da Conceição. Ainda solteiro, transferiu-se no ano de 1860 para o lugar denominado “Várzea da Laje”, à época do município de Campo Grande, e depois ao município de Upanema, localizada à margem esquerda do rio Upanema.
Em seguida adquiriu por compra a posseiros uma gleba de terras medindo 1.500 braças de frente por uma légua de fundos, sendo 1.200 braças para cada lado do referido rio Upanema,terras essas que abrangiam os lugares “Várzea da laje”, “Santa Maria” e “Poço verde de cima” tendo como sede o primeiro.

O Capitão Antonio Marques Bezerra casou em primeira núpcias em Mossoró, na então Igreja-matriz de Santa Luzia a 09.02.1864 com Maria Paula da Silva, que passou a assinar-se como Maria Paula Bezerra, filha do Capitão Antonio Afonso da Silva e de Inácia Maria da Paixão, residentes no sítio “Chafariz”, do município de Mossoró.
Maria Paula faleceu no ano de 1879 deixando uma prole d 08 filhos. O viúvo casou em segunda núpcias com a 08.03.1880 com Josefa Maria Bezerra, filha de João Florêncio de Medeiros e de Geralda Maria da Conceição, residentes na região de Mossoró.

Josefa faleceu no começo da década de 1890, deixando o viúvo e 07 filhos menores. Não se conformando com a viuvez, o Capitão Marques Bezerra casou pela terceira vez no dia 17.04.1895 com Ricardina Bezerra de Medeiros, filha de José Ferreira de Macedo e de Maria Inácia de Medeiros. Desse consórcio nasceram mais dois filhos. Este afamado patriarca faleceu em seu sítio “Várzea da Laje” a 06.06.1925, aos 95 anos de idade.

O renomado médico e conceituado empresário Dr. Milton Marques é filho de um filho desse patriarca, da sua terceira esposa, de nome Francisco Marques de Medeiros (Chico Marques), nascido a 21.11.1899. e falecido a 02.07.1944. Chico Marques casou com Luíza Freire de Medeiros (Lelé) e foram pais de Milton Marques de Medeiros; Manoel Marques de Medeiros e Mário Marques de Medeiros.

Oriundos da fazenda “Poré”, no Assu, os patriarcas João Francisco Freire e Francisco Freire de Amorim estabeleceram-se em Upanema, onde compraram vasta extensão de terras, denominando-a de sítio “Poré”, em homenagem à fazenda “Poré”. no Assu, onde viveram até a adolescência. Esses irmãos casaram-se respectivamente com duas irmãs de nome Francisca Freire (Fransquinha) e Mariinha, irmã de Lelé, mãe de Milton Marques. Chico Freire e Mariinha foram pais de Gileno, José Anchieta (Zezé), Gilberto, Maria Soledade (Dadinha, solteira) e Antonieta (Tetê) pai de Maristela, ex-prefeita de Upanema.

O patriarca Chico Freire e esposa Mariinha foram pais de : Manoel Freire (|Né Freire), que por sua vez é pai de Aermenegildo Freire; Jonas, Juca Freire, que por sua vez é pai de José Hélio Cabral Freire e Zilene Freire; Mozinha, casada com Mário Marques de Medeiros.
Do nobre varão sertanejo Manoel Bezerra de Medeiros nasceu Luís Bezerra de Medeiros, que foi pai de: João Lopes Bezerra (João Lopes, da Caraúba); Josefa Bezerra, Antonio Lopes Bezerra, Maria Bezerra e Joana Bezerra.
Essas tradicionais famílias upanemenses herdaram as virtudes de elevado espírito da caridade e suma honestidade, observando com discrição as coisas de Deus, do crédito, da reputação ilibada e da honra.

Por Marcos Pinto -  advogado e escritor.